VALORES MATERIAIS E ESPIRITUAIS
Erich Fromm abordou, no livro “Ter ou ser?”, essa alternativa que
dá título a essa obra, em profundidade, com análises exatas e
sumamente verdadeiras a respeito. Apesar de haver tratado com perícia
e competência do assunto, no entanto, ele é tão amplo, que enseja
novas reflexões, não feitas pelo célebre psiquiatra e sociólogo.
Ambos verbos tratam, primariamente, da mesma coisa: de valores.
Todavia, no primeiro caso, refere-se aos materiais e, no segundo, aos
espirituais. O ter trata do concreto e o ser do abstrato. O primeiro
detém-se na posse de coisas e o segundo, da nossa essência, do
nosso âmago, do nosso espírito, da nossa personalidade. É errado
dizer, por exemplo, que “temos” bondade. O correto é afirmar que
“somos” bons (ou não somos, quando for o caso). Ninguém “tem”
solidariedade, mas “é” solidário. Não se “tem” amor, mas
se “é” amoroso. Não se “tem” fidelidade, mas se “é”
fiel. E vai por aí afora. O ideal seria contarmos com as duas
condições, ou seja, a de proprietários legítimos de determinados
bens e a de amorosos, virtuosos, solidários etc. No primeiro caso,
porém, há limites a serem observados. Já no segundo, quanto mais
“formos” melhor será. Concordam? Não faz sentido?
@@@
CITAÇÃO DO DIA:
Amor e compreensão
Quem
nada conhece, nada ama. Quem nada pode fazer, nada compreende. Quem
nada compreende, nada vale. Mas quem compreende também ama, observa,
vê...Quanto mais conhecimento houver inerente numa coisa, tanto
maior o amor...Aquele que imagina que todos os frutos amadurecem ao
mesmo tempo, como as cerejas, nada sabe a respeito das uvas.
(Paracelso).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
No comments:
Post a Comment