A
INFLUÊNCIA DOS GIBIS NO MEU GOSTO PELA LEITURA
Lembro-me,
sobre o que ocorreu, certa feita, comigo, em meus tempos de menino,
quando, recém-alfabetizado, minhas professoras (foram mais de uma)
repreenderam meu pai por permitir (no meu caso, ele até incentivava)
ler tantas revistas de histórias em quadrinhos, popularmente
conhecidas como “gibis”. Argumentavam que essa leitura
“bloquearia” minha imaginação e me condicionaria, me “viciaria”
até a procurar somente textos que fossem acompanhados de
ilustrações, de figuras, em detrimento dos livros sem nenhuma
imagem. Bah!! com o perdão da palavra, mas como eram tolas e
ingênuas aquelas bem-intencionadas professorinhas! Meu saudoso e
sábio pai, que na sua simplicidade tinha muito mais sabedoria do que
muito sujeito arrogante e metido a autossuficiente,
com inúmeros diplomas universitários, mas sem o sempre bem vindo
bom senso, ignorou solenemente essas reprimendas. Fez que nem era com
ele. Tinha opinião formada a respeito que só mudaria se fosse
convencido com argumentos sólidos e insofismáveis. Entendia que as
histórias em quadrinhos eram rigorosamente o oposto do que as
mestras asseguravam. Ou seja, entendia que eram magníficos
estimulantes da imaginação e que sua leitura “treinaria” o
subconsciente da criança (no caso, eu) a formar imagens próprias
sempre que algum texto “seco”, sem ilustração, sugerisse. E ele
tinha razão. Pelo menos no meu caso.
***
CITAÇÃO DO DIA:
Amor e ódio
Se
pudéssemos conceber um homem capaz de desejar odiar alguém a fim de
experimentar a seguir por ele um amor maior, isto significaria que
ele desejaria sempre odiá-lo. Pois, maior seria o ódio, maior o
amor, e por conseguinte ele desejaria sempre que o ódio aumentasse;
e, pela mesma razão, um homem se esforçaria por ficar cada vez mais
doente, a fim de gozar a seguir de uma grande alegria por recuperar a
saúde; e, por conseguinte, ele se esforçaria por ser sempre doente,
o que...é absurdo. (Baruch
Spinoza).
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