Planos,
por enquanto só planos
Pedro
J. Bondaczuk
Uma
pessoa, que se diz minha leitora, questiona-me, por e-mail, a
propósito dos meus planos literários, sobretudo os de curto prazo.
Pergunta-me se tenho algum novo livro engatilhado para ser lançado e
qual a previsão desse lançamento. O mais correto da minha parte
seria responder-lhe da mesma forma como essa pessoa me consulta, ou
seja, de forma particular e não pública. Deveria enviar-lhe um
e-mail com as respostas solicitadas e ficaria tudo resolvido. Mas não
farei isso. Até porque, muitos outros leitores me fizeram a mesma
pergunta.
Meu
questionador elogia muito o meu texto por sua informalidade. Gosta
dessa espécie de bate-papo que promovo neste espaço e também em
meus livros. Diz que discorda de muita coisa que escrevo, mas que
admira meu estilo, ou seja, minha maneira despojada de escrever.
Garante que me acompanha assiduamente nos diversos espaços da
internet em que tenho o privilégio de colaborar. Só que, conforme
observo, ele sequer é seguidor deste espaço. A menos que o seja não
utilizando seu nome de batismo, mas algum pseudônimo, como muitos
fazem por aqui.
Embora
o Literário, O Escrevinhador e minha página no Facebook estejam
revestidos de certa formalidade, procuro, sempre que posso e que
julgo oportuno, ser informal. Gosto de quebrar normas, porquanto
acredito que não se deva, nunca, engessar a criatividade. Bem, mas
chega de lero-lero, de explicações e de divagações, que não
passam de enrolação. Vamos ao que interessa.
Tenho
quatro livros publicados, embora conte já com 22 escritos, muitos
dos quais, inclusive, revisados e prontos para serem “negociados”
com editoras. Dos que já saíram do prelo, “Quadros de Natal”
está rigorosamente esgotado. Como foi um livro bancado do próprio
bolso, pretendo republicá-lo, mas adaptado para romance. O problema
é encontrar editora que se interesse em publicá-lo. Potencial de
venda ele já demonstrou que tem. Recuperei o investimento feito nele
e, de quebra, apurei certo lucro, nada desprezível.
Do
livro “Por uma nova utopia” não posso dizer coisa alguma. Doei,
em cartório, todos os direitos comerciais dessa obra para o Centro
de Defesa da Vida, entidade voltada à prevenção de suicídios.
Compete-lhe, pois, decidir se lança ou não nova edição. E se
lançar, a totalidade do que for arrecadado será dessa organização.
Sobre
“Cronos e Narciso” e “Lance fatal”, lançados,
simultaneamente, em setembro de 2010 pela Editora Barauna, pouco ou
nada posso dizer. Fico na dúvida se os classifico de sucessos ou de
fracassos editoriais. Continuo trabalhando (embora cada vez menos) na
sua divulgação, mas confio na ação de fieis leitores para que as
vendas me surpreendam, embora não seja provável que isso aconteça.
Se
vierem a decolar... quero lançar, mas não sei quando, uma nova
dupla de livros, e outra vez um de contos e outro de crônicas,
intitulados, respectivamente: “Passarela de sonhos” (com
histórias que têm como pano de fundo o carnaval) e “País da
luz”. A tendência (dependendo, claro, da performance de “Lance
fatal” e “Cronos e Narciso”) é a de negociá-los, de novo, com
a Barauna. Mas… Sei lá!!!.
Contudo não
pretendo parar por aí. Planejo lançar, em 2018, atualizado, um
livro que nasceu no Literário, no qual abordo todas as copas do
mundo de futebol que tive o privilégio de acompanhar nestas minhas
sete décadas e meia de vida. O motivo de programar esse lançamento
para tal ocasião é óbvio. É a realização da copa do mundo da
Rússia.
Talvez
não seja boa estratégia, mas pretendo continuar lançando meus
livros futuros sempre em duplas. Ora um de contos e outro de
crônicas, ora um romance e um de ensaios e assim por diante. Tenho
esperanças de poder colocar no mercado, em prazo não muito longo,
todos os 22 livros que já escrevi, embora essa possibilidade seja
remotíssima. Por que? Porque dependo de boas vendas de “Cronos e
Narciso” e “Lance fatal”. Daí minha insistência (reitero,
cada vez menor) nessas duas obras que, até admito, não são as
melhores que já produzi.
A
grande dificuldade (talvez insuperável) para concretizar esses
projetos é minha impossibilidade de visitar pessoalmente as editoras
para encaminhar-lhes diretamente, sem intermediários, os respectivos
originais. Em virtude da minha relativamente avançada idade, tenho
sérias dificuldades de locomoção, que se acentuam não mais de ano
para ano, mas de mês para mês. O envio dos originais pelos correios
já se mostrou inócuo. Não funcionou com nenhum dos meus quatro
livros publicados.
Tenho
a esperança (que meus amigos dizem ser totalmente fantasiosa) de
“impressionar” alguma editora e receber convite da supostamente
interessada para publicar alguma, ou algumas de minhas obras. Afinal,
tanto no Literário, quanto no Facebook, há um punhado de editoras
que são minhas seguidoras. É provável que isso aconteça? Não!
Aliás, é improbabilíssima! Mas é impossível? Claro que não!
Nunca se sabe, não é mesmo?
Bem,
creio que respondi aos curiosos leitores quais são meus planos, pelo
menos em relação ao mercado editorial. Minhas atividades
literárias, todavia, não se restringem à redação e publicação
de livros. Pretendo continuar produzindo, produzindo e produzindo e
publicando, publicando e publicando diariamente, crônicas e mais
crônicas nos vários sites com os quais colaboro (que, se não me
falha a memória, já são dez).
Esse
tipo de compromisso, embora não me renda dividendos financeiros (na
verdade, nesse aspecto, até me dá prejuízo), tem o condão de
impedir que eu venha a me acomodar. Força-me a produzir, produzir e
produzir, cada vez mais e melhor. Pois da quantidade sempre darei um
jeito de extrair a desejável e bem-vinda qualidade.
Meu
blog, “O Escrevinhador”, já entrou no décimo segundo ano, sem
que eu deixasse de postar textos inéditos um único dia nele. E ali,
só publico o que escrevo. É onde faço minhas experiências e testo
o gosto e as preferências do meu público. E o “Literário” está
muito próximo de completar também doze anos (o que irá ocorrer em
27 de março), o que é uma façanha, convenhamos, para espaços
voltados para a literatura. Está aí, portanto, a resposta que me
foi solicitada, sem tergiversação e sem ficar em cima do muro.
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