Sunday, January 28, 2018


A POSSE E A PERMANÊNCIA

O ter implica em posse (na verdade, transitória), que pode ser perdida a qualquer momento, ou em decorrência de doação do que possuímos, ou de irremediável avaria do bem, ou da sua perda, ou de roubo e assim por diante. O ser, por seu turno, sugere permanência, embora, admito, as pessoas possam se degradar e deixar de exercer as virtudes que exerciam (o que, diga-se de passagem, nem mesmo é raro). Não se trata de mera questão semântica, como pode parecer à primeira vista, mas é uma distinção bastante lógica e até óbvia. A absoluta maioria das pessoas vive sem saber por que e, principalmente, “para que”. Despende o melhor de sua capacidade e de suas energias, tanto físicas, quanto mentais, em busca de miragens, de fantasias, de ilusões, de bugigangas, ou seja, do que entendem como “riqueza”. Ou então, do tal do poder, que nada pode, porquanto não nos livra da decadência, velhice e morte. Raramente pensamos em nossa efemeridade, no fato de agora estarmos aqui, vivos, saudáveis e cheios de ilusões e planos e, no minuto seguinte... zás, deixarmos de viver, sem a mais remota possibilidade de retorno. Raramente nos damos conta que viemos ao mundo não para receber, mas para dar. Não para sermos servidos, mas para servir. Não para ter, mas para ser.


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CITAÇÃO DO DIA:


Dissipação de energia 
Andar com uma carga de ódio dissipa energia, bloqueia as comunicações. 
(Norman Vincent Peale).


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