A POSSE E A PERMANÊNCIA
O ter implica em posse (na verdade, transitória), que pode ser
perdida a qualquer momento, ou em decorrência de doação do que
possuímos, ou de irremediável avaria do bem, ou da sua perda, ou de
roubo e assim por diante. O ser, por seu turno, sugere permanência,
embora, admito, as pessoas possam se degradar e deixar de exercer as
virtudes que exerciam (o que, diga-se de passagem, nem mesmo é
raro). Não se trata de mera questão semântica, como pode parecer à
primeira vista, mas é uma distinção bastante lógica e até óbvia.
A absoluta maioria das pessoas vive sem saber por que e,
principalmente, “para que”. Despende o melhor de sua capacidade e
de suas energias, tanto físicas, quanto mentais, em busca de
miragens, de fantasias, de ilusões, de bugigangas, ou seja, do que
entendem como “riqueza”. Ou então, do tal do poder, que nada
pode, porquanto não nos livra da decadência, velhice e morte.
Raramente pensamos em nossa efemeridade, no fato de agora estarmos
aqui, vivos, saudáveis e cheios de ilusões e planos e, no minuto
seguinte... zás, deixarmos de viver, sem a mais remota possibilidade
de retorno. Raramente nos damos conta que viemos ao mundo não para
receber, mas para dar. Não para sermos servidos, mas para servir.
Não para ter, mas para ser.
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CITAÇÃO DO DIA:
Dissipação de energia
Andar
com uma carga de ódio dissipa energia, bloqueia as comunicações.
(Norman
Vincent Peale).
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