ROMANCE
QUE RECOMENDO
Cristóvão
Tezza, com mais de uma dezena e meia de livros publicados (sobre o
qual me referi dia desses aqui neste espaço), é um escritor que já
conquistou seu lugar de direito no concorrido universo da Literatura
brasileira. Basta ver os prêmios literários que conquistou, entre
os quais destaco o da Academia Brasileira de Letras e o Jabuti de
2008. Seu romance “A tradutora” (Editora Record), transposto para
o cinema, todavia, chamou-me, particularmente, a atenção por uma
série de razões. Apresenta-nos, por exemplo, uma personagem não
devidamente valorizada pelo leitor. Refiro-me à figura do tradutor
(no caso, tradutora). O livro narra o desafio de Beatriz, de 30 anos,
empenhadas em traduzir obra do escritor catalão Felip T. Xaveste
(escrito, para complicar e testar seu conhecimento, em espanhol
barroco), tendo que encarar, de quebra, uma série de dificuldades
profissionais e pessoais. Além do seu trabalho, ela tem que resolver
seu relacionamento afetivo com o namorado escritor, que a assedia
intelectualmente. Além disso, inesperadamente, Beatriz se vê às
voltas com nova oportunidade profissional, ao receber convite para
atuar como intérprete de um executivo da Fifa, em visita a Curitiba
(cidade em que a história se desenvolve) para os preparativos da
Copa do Mundo de 2014. Mais não direi, paciente leitor, a respeito
do livro, para não lhe tirar a satisfação da surpresa com o
desfecho do enredo. Porém enfatizo que “A tradutora” é um
romance que recomendo, antes e acima de tudo, por sua sensibilidade e
grande qualidade literária. O livro revela, em resumo, por meio
dessa marcante personagem, que é a Beatriz, toda a complexidade e
mistério do fascinante universo feminino. Portanto, é imperdível!
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CITAÇÃO DO DIA:
Governo do amor
O
que deve haver é o governo do amor. Amar uma pessoa significa
desejar que ela seja feliz.
(Santo
Tomás de Aquino).
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