Thursday, June 30, 2011










Vinícius de Moraes escreve, no livro "Para viver um Grande Amor", que "o material do poeta é a vida, e só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e de sublime. Seu instrumento é a palavra". Convenhamos que se trata de uma ferramenta fragílima, que oferece poucos recursos e exige manejo de grande perícia, para que se possa, com ele, extrair beleza dos pântanos mais horrendos e sombrios do coração humano. Mas ele consegue, com maestria e grandeza, com naturalidade, isso que seria enorme proeza para uma pessoa comum. É possuidor da "pedra filosofal", que lhe confere o poder de transmutação de "metais" ordinários, comuns, banais e sem valor, em ouro de 18 quilates. Mais do que isso: de pedras em esmeraldas, topázios, ônix, safiras etc.

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Boca quente


HEBE CAMARGO

A mancada escolhida desta semana é de caráter geográfico e faria o velho mestre de Geografia, Aroldo de Azevedo, ficar arrepiado. Foi no programa da Hebe Camargo do dia 9 de novembro, na Bandeirantes. A simpática apresentadora, falando da aprazível e progressista cidade de Campina Grande, orgulho dos paraibanos, que ela afirmava ser uma das muitas que conhecia no Nordeste, a situou no Estado do Rio Grande do Norte.
Embora os dois Estados sejam vizinhos, o povo da Paraíba não deve Ter ficado muito satisfeito com a escorregadela geográfica da Hebe. Afinal, Campina Grande, em muitos aspectos, chega até mesmo a superar João Pessoa. E os paraibanos têm um orgulho todo especial por essa cidade.
Provavelmente, as muitas regiões que Hebe conheceu em suas andanças por este País devem Ter confundido a cabeça da apresentadora que, certamente, nem percebeu a mancada. Mas levando-se em conta que o programa é transmitido em rede para todo o Brasil, os paraibanos não devem ter gostado muito dessa “perda” para os potiguares.

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 21 de novembro de 1984).

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Poesia concreta

Pedro J. Bondaczuk

O leitor Amauri de Oliveira pede minha opinião sobre a chamada poesia concreta. Considero essa forma de expressão válida e útil, como qualquer outra, desde que utilizada de maneira criativa e pertinente, que venha a transmitir a mensagem que o poeta pretendeu de sorte a não gerar dúvidas ou ambigüidades. O que conta, em literatura, não é somente a forma (embora, óbvio, essa seja importantíssima), mas, sobretudo, o conteúdo.
Só não concordo com quem lança mão desse meio de expressão como uma espécie de modismo. Oponho-me a qualquer tipo de “engessamento” do talento. Este tem que ser sempre e sempre e sempre livre, para brilhar em todo o seu esplendor.
Não é a forma, especificamente, que tende a tornar um poema bom ou ruim. É o sentimento, a emoção, a sensação que os ensejaram. Nada me impede, por exemplo, se o tema de que for tratar assim o exigir, que eu componha versos, digamos, nos moldes parnasianos (ou simbolistas), com rima métrica e ritmo, se isso enfatizar o conteúdo e sensibilizar o leitor.
Tenho escrito e reiterado, vezes sem conta, que poesia, para ter valor, não pode se limitar a ser lida. Tem, sobretudo, que ser “sentida”. Se o leitor não sentir absolutamente nada ao ler determinados versos, estes findam por se tornar ocos e vazios, meras palavras sem sentido ou coerência, lançadas ao léu, mesmo que formalmente pareçam a oitava maravilha do mundo.
Tenho lido poemas concretistas geniais, que me suscitam reflexão e emoção. Mas também, amiúde, topo com alguns que não dizem coisa com coisa, que não passam de mero engodo, de pura enganação e que sequer me sugerem algo que seja coerente e válido.
Repito: um bom poema não depende apenas da forma com que é expresso (embora esta, se inadequada, possa estragá-lo irremediavelmente), mas da mensagem que contém. Esta é que conta e que tornará esse texto imortal.
Entre os chamados concretistas tenho, claro, como todo bom leitor, minhas preferências. Li poemas geniais, entre outros, dos irmãos Augusto, Haroldo e Geir Campos e de Décio Pignatari, apenas para citar os exemplos mais óbvios, que são, simultaneamente, obras literárias de valor irretorquível e, ao mesmo tempo, telas de pinturas, com desenhos originais e criativos, posto que feitos com letras, que seriam assinadas, com orgulho, por qualquer artista plástico consagrado..
Embora muitos me contestem (e não dou a mínima para essas contestações), não acredito em literatura moderna ou arcaica. Há, isto sim, boa literatura e mera caricatura dela.
Já escrevi vários poemas concretos, mas apenas quando os temas não somente se adequavam a essa forma de expressão, como, e principalmente, a impunham. Não me considero, porém, mais moderno apenas por haver recorrido a essa forma de fazer poesia.
Reitero, a arte genuína e válida é, e sempre dever ser, absolutamente livre, a salvo de quaisquer imposições ou limitações, que não sejam, claro, aquelas naturais, inerentes à atividade literária. Ou seja, a absolutíssima e intransigente correção gramatical (e vocabular, lógico), além do bom-gosto e da criatividade. No mais... Tudo não passa de mera “perfumaria”.

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Wednesday, June 29, 2011










A poesia é uma trilha aberta a todos, mas que apenas alguns raros seres que fogem do convencional, dotados de um "filtro" muito especial, conseguem vislumbrar e caminhar com desenvoltura por ela. No meio do caminho, como que por magia, ou feitiçaria, os poetas transformam palavras comuns em pepitas de rara beleza e incomensurável valor. São como o legendário rei Midas: transformam em ouro tudo o que tocam. Brincam com os sentimentos, como as crianças com seus brinquedos preferidos e encantam os que têm sensibilidade.

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Anote e Confira


TREM PAGADOR

Um filme rodado em 1962, em preto e branco, abordando um fato verídico ocorrido no Rio, em 1960, é a nossa indicação de hoje aos leitores. Trata-se de "O Assalto ao Trem Pagador", dirigido por Roberto Farias, e que, aliás, já foi mostrado na Globo, há alguns anos.

Muita gente pensa, equivocadamente, que o cinema brasileiro apenas começou a despontar na metade da década passada e que tudo o que se fez anteriormente se resumiu a "chanchadas". Engano e desinformação.

É bom que as pessoas não se esqueçam que "O Pagador de Promessas" conquistou a Palma de Ouro, em Cannes, em 1961. E poderíamos citar muitos outros trabalhos de grande valor do passado. O filme de hoje tem duas particularidades que nos chamam a atenção: o grande desempenho de Eliezer Gomes (ator que depois praticamente desapareceu) e Grande Otelo, vivendo um dos raros papéis dramáticos de sua carreira. No elencom entre outros, estão ainda Reginaldo Farias, Ruth de Souza e Átila Iório. Confira. Rede Globo, canal 12, às 22h15.

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 21, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 4 de outubro de 1984).

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Reconhecimento póstumo

Pedro J. Bondaczuk


O reconhecimento do talento e, principalmente das realizações de pessoas competentes e criativas não raro chega (quando chega, óbvio), muitos anos depois de sua morte. Claro que não se trata de regra, mas de possibilidade. E isso em qualquer profissão ou atividade. Em literatura não é diferente.
Há escritores que se mostram muito adiante do seu tempo em termos de talento e criatividade. Escrevem livros à prova de reparos, que beiram à perfeição. Demonstram incrível domínio da técnica de escrever e sensibilidade imensa, dessas raras e à prova de reparos. Ou seja, preenchem todos os requisitos para o sucesso literário. Mas... Sabe-se lá por qual artimanha do acaso, esse não vem. Morrem praticamente ignorados por leitores e pela crítica. Muitos terminam a vida em condição pior: na miséria, dependendo da caridade alheia para sobreviver.
Lá um belo dia, porém, às vezes décadas após a morte, um desses “ratos de biblioteca”, garimpeiros de tesouros literários, que se proponha a compor excelente antologia, descobre, num sebo qualquer, um exemplar do livro que o tal escritor produziu com tanto entusiasmo, mas que não conseguiu esgotar sequer reles edição de mil exemplares.
Ou algum professor de Português, que esteja pesquisando aspectos diferentes do idioma para escrever um livro didático, faz o mesmo e resolve incluir um texto do nosso injustiçado (e obscuro) personagem em sua obra. E eis que se dá um milagre.
Subitamente, quem foi ignorado em vida, passa a ser admirado e, às vezes, até reverenciado muitos anos após a morte. As editoras movimentam-se junto à família do tal escritor redescoberto para obter os direitos de republicação de sua obra.
Em alguns casos, essa, legalmente, já caiu no domínio público, o que os editores acham melhor ainda, a maravilha das maravilhas, por significar lucro total e exclusivo. E, da noite para o dia, quem morreu frustrado, decepcionado, esquecido e abandonado se transforma num esfuziante best-seller, incomparável fenômeno de vendas.
Vocês pensam que isso é raro de acontecer? Pelo contrário. Há casos e mais casos desse tipo, tão comuns que sequer nos damos conta deles. Como se vê, o sucesso e o fracasso são bastante relativos.
Claro que nós, escritores, gostaríamos de ter nosso talento e criatividade reconhecidos em vida. Quem não gostaria? Isso, todavia, não é e nunca foi (e nem sei se um dia será) regra, mas rara exceção.
Por isso, devemos atentar para cada texto que produzirmos. Temos que dar o melhor de nós sempre, mesmo naquilo que pareça trivial e sem importância. Não escrevemos para o presente, mas para o tempo e a eternidade. O sucesso em vida, se vier, será mero, posto que bem vindo, acaso. Tenhamos isso em mente.

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Tuesday, June 28, 2011










O sisudo filósofo romano, Marco Túlio Cícero, fez, em um dos seus tantos textos, considerações sobre a amizade. Interessante, porém, é a conclusão a que chegou, expressa nesta indagação que fez: “Existirá algo mais agradável do que ter alguém com quem falar de tudo, como se estivéssemos falando conosco mesmo?”. Creio que não existe! E esta é a maior característica de um amigo: saber ouvir (ou ler, quando for o caso), com paciência, atenção e compreensão. Muito obrigado, pois, por serem meus amigos e me honrarem sempre com a sua benigna atenção.

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Vídeo-História


TV RECORD

A TV Record completa, dentro de nove dias, 31 anos de existência, constituindo-se na mais antiga de nossas emissoras ainda em atividade e na segunda a ser criada no País (a primeira foi a TV Tupi). Nessa longa trajetória, já foi o canal líder de audiência e fez escola na televisão.

Apresentou desde novelas de extraordinário sucesso, até os históricos festivais de música popular, que revelaram nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso e tantos outros. Foi a responsável pela difusão do chamado "iê-iê-iê", através do programa "Jovem Guarda", com Roberto Carlos e seu grupo. E conta, em seu currículo, com muitos outros feitos.

Em 1968, a atração imbatível no Ibope era a célebre "Família Trapo", que reunia Ronald Golias, Renata Fronzi, Jô Soares, Cidinha Campos, Zeloni e Guto, sob o comando de Carlos Manga. Proporcionalmente, nenhum programa atual (ou de qualquer outra época) conseguiu igualar sua audiência.

Para se ter uma idéia da sua aceitação, basta afirmar que em 5 milhões de televisores existentes na época em todo o País (e na ocasião não existiam ainda as redes nacionais), esse humorístico era assistido, em média, em três milhões de receptores. Ou seja, semanalmente tinha um pública espectador maior do que aquele que ía aos estádios de futebol de São Paulo em um ano.

Ressalte-se que nesse período (o do auge do fenômeno Pelé), as praças esportivas tinham uma freqüência fabulosa, se comparada à que se registra atualmente. Notável, não é mesmo?

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 18 de setembro de 1984).

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Arquivo mais seguro

Pedro J. Bondaczuk


Qual o lugar mais seguro para você guardar alguma coisa a salvo de olhares indiscretos e, principalmente, da cobiça dos amigos do alheio? Algumas pessoas garantem que é no local mais óbvio possível, aquele bem à vista, em que ninguém guardaria nada e que por isso, até se duvida que esteja. Concordo, pelo menos em parte, com isso.
Se você puser seus bens preciosos em algum cofre, isso atrairá a atenção dos que pretenderem se apropriar deles. Certamente farão de tudo para descobrir seu segredo e, se não conseguirem, apelarão para recursos extremos, ou seja, para o arrombamento. E dificilmente deixarão de ter sucesso. Estão aí casos e mais casos de espetaculares assaltos para demonstrar que não existe cofre absolutamente seguro.
E caso você queira preservar algum texto, à prova de sumiços e destruição, em que lugar você o guardará? Eu guardarei em algum desses milhões de arquivos eletrônicos que há internet afora. No instante em que quiser acessá-lo, bastará clicar o mouse do meu computador no link do respectivo site para tê-lo de imediato em mãos. E caso esse espaço, por algum motivo, saia do ar? Por variar de local de postagem, não me apertarei. Consultarei o Google que, certamente, me apresentará, em fração de segundos, o local em que meu texto está arquivado.
E por que trago, hoje, esse assunto à baila? Porque não faz muito perdi dois livros, que estavam apenas datilografados, devidamente revisados e prontinhos para seguirem para a editora, um de contos e outro de poesias. Descobri a perda quando decidi digitá-los e mantê-los em meu arquivo eletrônico. Procura daqui, procura dali, e nada! “Cadê os livros!!!”, gritei, com minha sutileza paquidérmica, acompanhando o grito de um sonoro e cabeludo palavrão. Quando estou irritado, sou “proibido para menores de dezoito anos”.
Nunca mais os encontrei. Sei lá o que aconteceu. Os dois livros simplesmente desapareceram, sumiram, se evaporaram no ar. Minha esposa, tentando consolar-me, disse, em sua santa ingenuidade: “Não esquenta! Além dos quatro livros publicados, você tem ainda 14 inéditos. Para quê quer mais?”. Contei até dez para não mimoseá-la com uma série de impropérios o que, se o fizesse, certamente me custaria uma noite de sono no sofá da sala.
Ela não entende que, para nós, escritores, os livros que escrevemos são filhos, posto que espirituais. Temos com ambos os mesmos cuidados e o mesmo orgulho, se for o caso de se orgulhar. Por mais que tenhamos escrito, não abrimos mão de nenhum. A perda desses dois livros equivaleu, para mim, à saída de casa (claro que isso felizmente nunca ocorreu) de dois dos meus filhos, que sequer deixassem endereço e se perdessem nesse imenso mundão de Deus, sem que jamais soubesse notícias deles.
Para evitar que isso se repita, transcrevi tudo, absolutamente tudo o que já escrevi e salvei na memória do meu computador. Como este não é seguro e nem confiável, pois vive sendo invadido por hackers, tive o cuidado de fazer backup, atualizado todos os dias. E fui mais longe: passei a publicar tudo, tudo mesmo o que escrevo em pelo menos uma dezena de sites de grande prestígio, além do meu blog “O Escrevinhador” (e alguns dos textos, relativamente poucos, no Literário).
Como não tenho mais nada que esteja apenas em papel, não corro mais o risco de perder livro algum. Se detonarem meu computador (como já fizeram “n” vezes), restaurarei tudo o que escrevi em outra máquina, já que disponho do respectivo backup. E se por uma dessas artimanhas malignas isso não funcionar, recorrerei à bendita internet, e mais especificamente, ao preciosíssimo Google.
Pena que não tomei essas providências a tempo de evitar que dois dos meus filhos espirituais (quem sabe não seriam os que me projetariam nacionalmente como escritor? Nunca se sabe!) desaparecessem, sumissem, evaporassem no ar, sem deixarem o mínimo vestígio de pista para procurá-los.

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Monday, June 27, 2011










Entre as várias definições de amizade que já ouvi ou li, uma das mais singelas, e no entanto verdadeiras, é a de Mário Quintana. Afinal, ao contrário do que muitos pensam, sabedoria é sinônimo de simplicidade. Diz o poeta: “A amizade é um amor que nunca morre!”. É...os poetas sabem, mesmo, das coisas! Afinal, Vinícius já havia constatado: “O amor é eterno...enquanto dura”. Mas a amizade (e só ela) dura para sempre. Daí eu apostar todas as minhas fichas nela.

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Por dentro da TV



GLOBO PROGRAMA SEU DEZEMBRO

Embora já tradicional, sempre causa muito interesse a programação de especiais da Globo em todos os meses de dezembro. As novidades neste ano, porém, começam mais cedo, já a partir de segunda-feira, quando vai ao ar (estendendo-se até 11 de janeiro), diariamente, o "Momento do Rock", com informações e números musicais de todos aqueles que vão participar do gigantesco "Rock'n Rio Festival". Nos dias 7, 14 e 21, na Sexta Super, será apresentado o seriado "João Paulo II", narrando um pouco da vida do Papa. No dia 28, o tão aguardado momento de todos os anos, ou seja, a apresentação do "rei", Roberto Carlos. Mas antes ocorrem os especiais de Gilberto Gil, de Jô Soares (no dia 24), de Chico Anysio (no dia 26) e do "Globo Repórter", com a retrospectiva do ano (no dia 27). Não há dúvida que teremos muita coisa boa no ar, nos próximos dias.

ARAGÃO NOS EUA

Renato Aragão pode ser um "Trapalhão" na hora em que interpreta o Didi Mocó, mas quando se trata de negócios, o homem é uma "fera". No ano de 1985 ele vai lançar-se de vez no mercado de vídeoclipes e adivinhem onde? Nos EUA, onde está montando um estúdio. Aliás, quando o Renato faz as coisas, são sempre bem feitas. Mick Jagger, por exemplo, veio ao Brasil especialmente para gravar no estúdio do Renato. Com seu novo empreendimento, em Los Angeles, ele praticamente passará a morar nos EUA, ou para ser mais exato, num avião, já que terá que se desdobrar para atender também aos compromissos no Brasil. Sem dúvida, esse é o "Trapalhão" mais bem sucedido do mundo!

MALANDRO PAPAI

Sérgio Mallandro ganhou um "malandrinho" no mês passado, com o nascimento, no dia 8 de novembro, do garotão Sérgio Tadeu. E o apresentador da TVS ficou tão entusiasmado com o garoto que já andou assustando a esposa, Mary Anne, prometendo que vai encomendar outros catorze filhotes. Barbaridade!! Vá ser exagerado prá lá de Itu!

MARÍLIA DE VOLTA

Neste mês, providencialmente, termina o "castigo" de Marília Gabriela em Londres. A apresentadora retorna definitivamente ao Brasil e vai ser muito acionada nos programas jornalísticos da Globo. Já pensaram trocar o verão e o Carnaval do Rio de Janeiro pela névoa e pelo duro inverno de Londres?! Marília foi salva pelo gongo!

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22 do Correio Popular em 1 de dezembro de 1984)



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O remédio é acreditar

Pedro J. Bondaczuk

A grandeza do universo me embevece, assusta, não raro até me aterroriza, mas fascina. Como ser racional, procuro entendê-lo. Em vão! Como escritor, tento racionalizá-lo e explicá-lo. Outro fracasso. Na impossibilidade natural de entendê-lo, limito-me a acreditar que as aparências sejam, de fato, o que aparentam ser. E as explicações que tento dar têm como alicerce essa crença. Neste caso, entre o “saber” e o “crer”, sou forçado a me curvar a este último verbo. Por exemplo, acredito que o homem simula, em sua constituição orgânica, o próprio universo. Tudo leva-me a crer nisso. Comprovar? De que jeito? Resta-me acreditar, posto que com um mínimo de lógica.

O homem, em sua constituição orgânica, é regido pelas mesmas leis e princípios naturais que regem tudo o que há: satélites, planetas, estrelas, constelações, galáxias, buracos negros etc.etc.etc. Só que, ao contrário destes, tem, em suas células, bilhões e bilhões de vidas independentes. É constituído por sistemas vivos que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem constantemente. Leva, pois, vantagens, sobre todos esses astros, que são mera matéria, no meu entender.

Já escrevi inúmeras vezes, mas não custa reiterar que, “a cada dia somos outros e no entanto somos os mesmos”. Continuamos vivendo. Esse quê de imaterial que caracteriza a vida passa das células moribundas para as recém-nascidas, num processo que só termina quando o indivíduo (no caso, nós), como um todo, morre. E para onde vai de fato essa chama que nos anima após a falência total e irreversível do organismo?

Saber, mas saber mesmo, ninguém sabe. E nem explica. Especulações, teorias e doutrinas há muitas, todas carentes de comprovação. Na ausência de explicação racional e incontestável, multidões recorrem ao expediente da fé. E eu também. Não se trata de crença cega, dogmática, que nunca contesta. Não a minha, pelo menos. Duvido, contesto, discuto e ponho em dúvida esses princípios a todo o momento. Nem por isso deixo de ter fé. Embora não “saiba” se eles são mesmo assim, mesmo que minimamente, creio que sejam.

A fé é a “irmã-gêmea” da esperança. É a irresistível mola-propulsora das grandes realizações. É a crença absoluta e irrestrita no que, aparentemente, é impossível, ilógico, irracional e irrealizável. Essa confiança sem limites, de que vamos atingir determinada meta, que a razão nos diz ser inatingível, mobiliza poderosas forças em nosso interior, que sequer desconfiamos que temos.

Chega a ser redundante a afirmação de que “a fé remove montanhas”, já que a experiência nos mostra que remove mesmo. Muitas já foram removidas e outras tantas ainda o serão. Se você não acredita no sucesso de alguma empreitada – a de escrever um livro, por exemplo – nem a comece. Se começar, redundará, quase que com certeza, em fracasso.

A fé, todavia, é muito mais poderosa do que a esperança pois, enquanto esta é passiva, e se caracteriza – como a própria raiz da palavra indica – pela “espera”, tem como característica a ação. O fiel acredita que, agindo, chegará ao sucesso que tanto busca. E chega mesmo. Rabindranath Tagore observou: “A fé é ave que canta quando o sol ainda não raiou”. Ou seja, é a certeza de que, haja o que houver, ele irá, de fato, raiar, daí a antecipação em saudá-lo.

Por isso, quem tem fé, nunca dá batalhas por perdidas, por mais que pareça que não haja mais salvação. Por mais escura que seja a noite, acredita que logo haverá muita luz para guiar seus passos, com segurança e firmeza, rumo aos seus objetivos. Quando tudo parece irremediavelmente perdido, crê, sem titubear um só instante, numa reversão de expectativas e não duvida, em momento algum, do sucesso.

E, por acreditar de forma tão absoluta na superação dos obstáculos, via de regra quem é munido de fé tende a reverter situações aparentemente irreversíveis e a alcançar, de fato, a pretendida vitória. Com fé, tudo podemos, até mesmo conseguimos remover montanhas de angústias e de incertezas. O seu oposto é a dúvida permanente e irremissível.

O ceticismo – ou seja, total descrença em tudo e em todos – ao lado da solidão, é uma das características marcantes deste início de milênio. Conheço muitos e muitos céticos que, embora neguem que o sejam, suas atitudes os desmentem e delatam. Em paralelo, claro, há os que têm fé irrestrita, mística, extremada até, em tudo o que entendem que seja a “sua” verdade, não importa sua natureza, se religiosa, social, ideológica ou qualquer outra.

Como os extremos se tocam, ambas as atitudes, levadas ao ponto máximo, são equivocadas. O ceticismo extremado conduz as pessoas ao desencanto, à desconfiança patológica e às neuroses. A fé cega, sem questionamentos ou base minimamente lógica, leva, via de regra, quem age dessa maneira, à estreiteza mental, ao dogmatismo, ao fanatismo e ao erro. A atitude sensata (e sábia), é cultivar valores testados e aprovados ao longo tempo, é estudá-los em profundidade, para dar-lhes sólida fundamentação e é buscar disseminá-los na sociedade, não os impondo, contudo, a ninguém.

John Updike, no romance “O Encontro”, constata que “não há bondade sem fé”. E prossegue: “Sem fé, todos os atos são apenas ocupações. E se não teve fé, no fim da vida saberá então que enterrou todas as suas possibilidades no solo deste mundo e que já nada lhe resta para levar para o outro”. Isto, se acreditar em um outro, no que os céticos não crêem. Por isso, não contam com base para a esperança.

Suas vidas são áridas, vazias, sem sentido. Mas o argumento mais sólido para que acreditemos em alguém, ou em algo (mesmo que de forma instintiva), é dado por Will Durant, em seu clássico “Filosofia da Vida”. Num determinado trecho, o filósofo analisa a “naturalidade” e a falta dela das duas posturas. E conclui: “A crença é um fenômeno natural. Vem diretamente das nossas necessidades emotivas – da fome de auto-conservação, da sede de recompensa, de companhia, de segurança e até do pendor pela submissão”.

Uma das melhores definições que já li sobre fé, curiosamente, não foi feita por nenhum teólogo nem qualquer filósofo. Foi a do romancista australiano Morris West, sobre o qual escrevi recentemente. No seu livro “O Advogado do Diabo”, o escritor indaga: “Que é a fé?”. E a seguir responde: “ É um ato inspirado de vontade que constitui a nossa única resposta ao terrível mistério de se saber de onde viemos e para onde vamos”. Fé é exatamente isso: acreditar, sem restrições, no incrível. O mais não passa de filosofia barata, de tentativa vã de explicar o inexplicável.

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Sunday, June 26, 2011










O desgastante dia-a-dia traz-nos mais aborrecimentos do que prazeres, salvo raras exceções. Nosso despertar cotidiano equivale ao início de estafante viagem que termina ao anoitecer. Nessa linha de raciocínio, Robert Louis Stevenson constatou: “Somos todos viajantes pelas agruras do mundo e o melhor que podemos achar em nossas viagens é um amigo honesto”. Sinto-me, porém, um privilegiado. Acho, ao cabo de cada dia, dezenas, centenas e excepcionalmente milhares de bons amigos, como você. Daí sonhar com uma vida sem fim, com uma viagem eterna em que encontre, a cada quilômetro percorrido, uma amizade preciosa, como a sua.

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Cargo nada atraente


Pedro J. Bondaczuk


O Haiti, que tem registrados, na sua história, feitos extraordinários, de heroísmo e de pertinácia dos pais de sua independência, é, hoje, um país marcado pela tragédia, representada pela miséria, violência e ignorância. Seus indicadores econômicos e sociais são simplesmente deprimentes, fazendo com que sua sociedade seja, disparadamente, a mais atrasada do Hemisfério Norte.
Apesar da soma monumental de problemas que essa República caribenha tem, no entanto, ela que divide a Ilha Hispaniola com a República Dominicana, a sua mais alta magistratura nacional ainda desperta cobiça. Aliás, o poder, por menor que seja, sempre tem esse condão. Fascina e vira a cabeça de qualquer um.
Vinte e três políticos disputam, hoje, em meio a um clima extremamente violento, os votos de 2,1 milhões de haitianos, 85% dos quais analfabetos e, portanto, facilmente manobráveis. Há 30 anos que a população local não exercita esse direito de decisão.
Na última eleição presidencial, um homem, que então era tido até como um santo, obteve a consagração nas urnas. Tratava-se de um médico, que havia erradicado diversos surtos epidêmicos nas regiões mais insalubres do Haiti e que tinha merecido reportagens de capa nas mais ilustres publicações do mundo, pelo seu exaltado “espírito humanitário”.
Seu nome? François Duvallier. Isso mesmo, o verdugo que anos mais tarde se apresentou aos olhos do mundo como um dos mais terríveis tiranos, dos tantos caudilhos loucos que desgraçaram as impotentes sociedades nacionais do Terceiro Mundo, foi eleito na qualidade de “humanista”.
Na época houve até insinuações de que ele mereceria o Prêmio Nobel da Paz e alguns chegaram mesmo a comparar esse médico, que se dizia “idealista”, ao sublime benfeitor da humanidade, Albert Schweitzer.
O que corrompeu essa personalidade? Que processo de degradação moral o atingiu ao ponto dele formar uma das polícias mais cruéis e sanguinárias dos nossos tempos, os apavorantes Tontons Macoutes, cuja tradução, significativamente, é “bichos-papões”? O que fez com que esse apóstolo da ciência médica, que um dia jurou minorar as dores de seus semelhantes, participasse, pessoalmente, de sessões de torturas diárias nos pirões nauseabundos das masmorras de Port-au-Prince?
Certamente os haitianos devem estar pensando em tudo isso, neste momento decisivo de sua vida nacional. Em quem confiar? Qual a melhor proposta? Quem está sendo sincero? Este é um dilema que será impossível solucionar hoje, diante das urnas, pelo preocupado eleitor. Oxalá Deus o ilumine para que ele saiba escolher bem o futuro condutor desse paupérrimo país!

(Artigo publicado na página 23, Internacional, do Correio Popular, em 29 de novembro de 1987).

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Talento mercenário

Pedro J. Bondaczuk

Tempos atrás, ao encontrar-me com um amigo jornalista que não via há muito (o encontro deu-se num salão de barbeiro muito famoso na cidade), fizemos aquele contato inicial, digamos, protocolar. Primeiro, dissemos, um para o outro, as mentirinhas costumeiras, como “puxa, você não envelheceu”, ou “você está com boa aparência” e assim por diante.
Em seguida, trocamos informações sobre as respectivas famílias. Na sequência, a conversa derivou para nossas atividades. Nesta altura do papo, disse-lhe que estava lançando novo livro (na ocasião era o meu segundo, “Por uma nova utopia”), achando que receberia um montão de elogios do amigo e promessas de aquisição da obra e de divulgação, mesmo que feitas somente da “boca para fora”, sem a mínima intenção de cumprir.
Que nada! O tal do amigo (e trata-se, a despeito de tudo, de amigo mesmo, cuja amizade já foi testada e comprovada), com a franqueza que sempre o caracterizou, jogou uma ducha de água fria no meu entusiasmo, que chegava às raias da euforia. Fria somente não. Ducha gelada ou, como queiram (expressando-me no meu estilo um tanto exagerado que se vale a todo o momento de superlativos), ducha geladíssima.
Meu interlocutor olhou-me fixamente nos olhos, pôs a mão amigavelmente em meus ombros e soltou a bomba: “Sai dessa, Pedrão! Ser escritor é uma fria! Você conhece algum que seja rico, ou pelo menos remediado? Pois é, continue como jornalista que você se dará melhor. Olhe que você tem família grande para sustentar!”.
Meu amigo achava que por causa do lançamento do novo livro eu iria sair do jornal em que estava trabalhando para dedicar-me exclusivamente à literatura, como se isso fosse corriqueiro ou sequer possível no Brasil. Claro que eu não faria essa bobagem (como nunca fiz). Sempre fui um sujeito muito centrado, com os pés no chão e, apesar de sonhador, e de lutar pela concretização dos meus sonhos, sei distinguir as coisas. A intenção do amigo era a melhor possível, a de alertar-me para uma realidade que sempre conheci de sobejo: a de que em nosso país (e em várias outras partes do mundo), não dá para sobreviver “só” de literatura.
Por coincidência, nesse mesmo dia li numa reportagem da revista Manchete – que o barbeiro deixava à disposição dos clientes numa mesinha de centro enquanto estes esperavam a vez de cortar o cabelo e fazer a barba – dando conta de que os mais talentosos escritores norte-americanos estavam a soldo da indústria cinematográfica. Trabalhavam para os grandes estúdios de Hollywood, ora transformando livros famosos de clássicos da literatura em roteiros adaptados para o cinema e a televisão, ora produzindo os seus, originais e exclusivos.
Se nem na terra de Tio Sam, onde os homens de letras, convenhamos, são muito mais valorizados, eles não conseguem sobreviver só de literatura (claro que, como em tudo na vida, há exceções), que dirá no Brasil! Lá, quando o sujeito esgota uma edição de 50 mil exemplares, diz-se que seu livro foi um fracasso comercial. Há escritores absolutamente desconhecidos no exterior que esgotam edições de bolso de 50 milhões (sem nenhum exagero), vendidas, via de regra, em estações de metrô.
Outro amigo meu classificou os literatos contratados da indústria cinematográfica como “talentos mercenários”. Entende que literatura não é para dar lucro, mas, no máximo, para recuperar o investimento. Discordo! Quem foi que disse isso?! Quem estabeleceu (se é que alguém fez isso) que literatura não pode ou não deve gerar lucros? Sem estes, não apenas livros, como qualquer outro tipo de produção – artística ou não – torna-se inviável. Ademais, alguns desses escritores escrevem roteiros tão bons, tão instigantes e tão criativos, que fazem sucesso simultaneamente: no cinema e na literatura. Querem um exemplo? O falecido Sidney Sheldon. Poderia citar muitos outros, mas não o farei.
Em literatura, há duas espécies principais de livros: os de entretenimento, sem nenhuma preocupação de debater idéias e conceitos, e os que suscitam reflexões, informações e aprendizados, mesmo que se trate de obras de ficção. Ambas são literatura. Há alguns puristas, por exemplo, que se recusam a admitir o valor literário dos livros da grande dama do conto policial, Ágatha Christie. Ou de Arthur Conan Doyle, o criador do Sherlock Holmes. Ou, para citar nome mais contemporâneo, de Ian Fleming e do seu agente 007. Os mais enjoados chegam a contestar, até, Edgar Alan Poe. Aí já é passar dos limites!!!
Se acham que é fácil escrever para entreter o grande público, por que não tentam competir com esses escritores? Tentem! Vão quebrar a cara! Quanto aos que se dedicam exclusivamente ao cinema (alguns firmam contratos de exclusividade), estes souberam dar o passo certo e unir o útil ao agradável. A utilidade, óbvio, está nos altos salários que recebem, sem correr nenhum risco. O aspecto agradável, por sua vez, é estarem fazendo o que mais gostam e a atividade para a qual estão preparados: literatura.
No Brasil, infelizmente, quase não temos essa (e a rigor nenhuma outra) opção. Se quisermos um lugar ao sol, teremos que nos arriscar. Alguns (os que podem) criam as próprias editoras. Foi o caso, no passado, de Monteiro Lobato. Ou de Fernando Sabino e Rubem Braga, que se associaram numa empresa (que não foi muito longe), para publicar suas obras e as de amigos.
Outros (entre os quais, eu), a cada novo livro pronto, fazem a “romaria”, que nas suas vidas já virou rotina, às editoras, buscando convencer alguma delas a apostar em seu novo romance, ou conto ou no seu volume de poesias, com os riscos de encalhe inerentes, conseqüência das dificuldades, sobretudo, de distribuição e de divulgação. Considero o escritor brasileiro um herói, por desafiar todos os conhecidos (e os desconhecidos também) obstáculos e persistir em sua luta para poder fazer chegar o fruto do seu talento ao legítimo destinatário: o leitor.
Quem nos dera sermos “talentos mercenários”, como alguns críticos classificam os práticos homens de letras norte-americanos que conseguem transformar em dinheiro o produto do seu raciocínio e sua sensibilidade. Mesmo que queiramos fazer essa aposta, (infelizmente) não temos como. Aqui, temos que ser idealistas na marra!!!

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Saturday, June 25, 2011










Um dos meus hobbies favoritos é colecionar citações dos grandes mestres, sábias, poéticas ou sarcásticas, não importa. E uma das mais pitorescas e inteligentes e, sobretudo, bem-humoradas, que adicionei ao meu acervo é de Zora Neale Hurston. Diz: “Viver sem amigos é como tirar leite de um urso para o café da manhã. Dá muito trabalho e não vale a pena”. Como sou pessoa prática, sigo o caminho mais curto que me conduza ao prazer e à realização. Não quero “ordenhar ursos” a cada manhã. Por isso, cultivo amizades, que me equilibram, promovem e indicam o caminho da felicidade.

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O que comprar:

Cronos e Narciso (crônicas, Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é reduzido à exaustão dos momentos, este livro de Pedro J. Bondaczuk reaviva a fome de transcendência! (Nei Duclós, escritor e jornalista). –
Preço: R$ 23,90.

Lance fatal
(contos, Editora Barauna, 73 páginas) – Um lance, uma única e solitária jogada, pode decidir uma partida e até um campeonato, uma Copa do Mundo. Assim como no jogo – seja de futebol ou de qualquer outro esporte – uma determinada ação, dependendo das circunstâncias, decide uma vida. Esta é a mensagem implícita nos quatro instigantes contos de Pedro J. Bondaczuk neste pequeno grande livro. –
Preço: R$ 20,90.

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Resgate

Pedro J. Bondaczuk


Névoa espessa
camufla o bosque
primitivo
da esperança.
Sombras ocultam
elfos e ninfas
a olhares profanos.

Fria neblina
enregela músculos
e penetra ossos:
desconforto e frio.
Vento cortante
agita os cabelos
e folhas pontiagudas.

Luz, busco a luz
para guiar
passos trôpegos!
Paz, anseio
pela paz
para acalmar
desencantos e dores!
Você, procuro você
para aplacar
o rigor da solidão!

Subitamente
vislumbro um vulto
seguindo, resoluto,
em minha direção.

Seriam elfos
com sortilégios
e feitiços?
Seriam ninfas
a tentarem
minha sensibilidade?
Seriam fantasmas
de ilusões passadas,
contudo insepultas?

Subitamente
tudo ao redor
se transfigura
e se ilumina.
O sol, radiante,
espanca as sombras
e inunda o
bosque de luz.

O tênue vulto
já se faz
distinto.
Passo a passo,
resolutamente,
vem em minha
direção.

Sua presença,
amorosa e doce,
redime-me
e me conforta.
A luz dos
seus olhos
devolve a
magia perdida
ao Bosque
da esperança...

(Poema composto em Campinas, em 24 de junho de 2011).


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Motivações do escritor

Pedro J. Bondaczuk

O leitor Francisco de Assis Dias faz uma pergunta cuja resposta conclusiva eu não tenho e creio que ninguém tem. Indaga qual a motivação, o que leva uma pessoa a querer ser escritora? Sinceramente? Não sei!
Creio que não exista uma única e nem que haja consenso entre os que optam por essa atividade de tamanhas exigências e frustrações e de tão pequeno retorno. Entendo, no entanto, que todos os que fazem essa opção tenham talento, notadamente o de se comunicar por escrito, nem que seja em forma bruta, carecendo de lapidação.
Como se trata de algo muito subjetivo, só posso responder por mim. Minha motivação fundamental (e elas são muitas), é a de passar um recado ao mundo, mais ou menos deste tipo: “Olá, pessoal, eu existo, penso de tal e tal maneira, sonho com isso, isso e aquilo, quero tal e tal coisa, condeno essa e essa e essa atitude”. E vai por aí adiante.
Vislumbro na Literatura uma oportunidade de revelar minha personalidade, gosto, sonhos e ambições. De expor, nem sempre explicitamente (na maioria das vezes colocando na boca de personagens-chaves), meus sentimentos, pensamentos e ideais.
Não escrevo esperando ganhar dinheiro ou conquistar notoriedade (embora se eles vierem, serão, certamente, bem-vindos). Quando estou em processo de criação, costumo dizer (para o horror das mulheres aqui de casa e principalmente das tias beatas) que se trata de “sessão de exorcismo” dos meus demônios interiores. Ou seja, dos instintos ruins e dos pensamentos interditos, que vivem em nosso interior, posto que à nossa revelia.
Faço da Literatura uma espécie de catarse. É uma válvula de escape do que me aborrece, entristece e atormenta. Por isso exalto, quase sempre, o que me entusiasma, alegra e faz feliz. Invariavelmente, quando acabo de escrever (não importa se uma crônica, conto, poema, ensaio ou capítulo de romance), sinto-me leve, desoprimido, com a sensação de quem tira um peso imenso e esmagador das costas.
O resultado prático que advém desse processo é o que menos importa. Claro que me preocupo com os eventuais saldos positivos desse esforço, pois sou obcecado por qualidade. Daí despender dois terços do meu tempo na revisão e apenas um na produção.
Claro que elogios são bem-vindos, mas não por massagearem meu ego (pelo menos não apenas por isso), mas por me indicarem que fui feliz na comunicação e me fiz entendido pelo personagem central da minha atividade, o leitor.
Claro que críticas pertinentes e inteligentes são desejáveis, mas não porque eu seja humilde (não sou) e me submeta docilmente à opinião alheia (não me submeto), mas por ajudarem a guiar meus passos, suprimindo deficiências que não consigo enxergar sozinho e reforçando a insistência nos meus pontos fortes.
Publico tudo o que escrevo, não por vaidade (embora este ingrediente sempre esteja presente) e muito menos para faturar um dinheirinho (apesar de não recusar esse tipo de recompensa de quem se disponha a me pagar), mas para dar sentido prático ao meu esforço e impedir que se torne mero desperdício de tempo.
A intuição me diz que serei, um dia, um escritor muito conhecido e bem-sucedido. Quem não me conhece, interpreta esta convicção não no seu real sentido. Distorce-a e a classifica de “convencimento”, de “mania de grandeza” e de outros tantos adjetivos desairosos, desses tão freqüentes e fartos na boca dos incompetentes, invejosos e dos que só se sentem bem quando conseguem diminuir os outros.
Caso eu não estivesse convicto do sucesso, seria até incoerente. Fosse esse meu sentimento, sequer despenderia tanto tempo e tanto esforço em uma atividade em que não tivesse a menor chance de me sair bem. Todavia, não fico sentado, esperando que a vitória me caia de graça no colo. Empenho-me, da manhã até a noite, do despertar ao adormecer de novo, todos os dias do ano, há já dezenas de anos, para concretizar o que quero.
Você viu o que fez comigo, caro Francisco de Assis? Fez-me falar, de novo, a meu próprio respeito, estimulando a antipatia dos falsamente modestos e dos fracassados de carteirinha, que adoram ostentar seu fracasso sob o disfarce da humildade.

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Friday, June 24, 2011










A amizade, sem sombra de dúvida, é uma das formas, e para mim das mais sublimes, em que o amor se manifesta. Outro dia li, em uma crônica, citação do escritor Susha Guppy em que ele informa: “O verbo amar em persa tem o mesmo significado que ser amigo. Amo-a, traduzido literalmente, é: ‘considero-a uma amiga’. E ‘eu não gosto de você’ simplesmente quer dizer ‘não a considero uma amiga’”. Quanta sabedoria há nessa citação! E quanta verdade! Afinal, amizade é, de fato, uma forma refinada e duradoura de amor.

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Por dentro da TV



GLOBO PROGRAMA SEU DEZEMBRO

Embora já tradicional, sempre causa muito interesse a programação de especiais da Globo em todos os meses de dezembro. As novidades neste ano, porém, começam mais cedo, já a partir de segunda-feira, quando vai ao ar (estendendo-se até 11 de janeiro), diariamente, o "Momento do Rock", com informações e números musicais de todos aqueles que vão participar do gigantesco "Rock'n Rio Festival". Nos dias 7, 14 e 21, na Sexta Super, será apresentado o seriado "João Paulo II", narrando um pouco da vida do Papa. No dia 28, o tão aguardado momento de todos os anos, ou seja, a apresentação do "rei", Roberto Carlos. Mas antes ocorrem os especiais de Gilberto Gil, de Jô Soares (no dia 24), de Chico Anysio (no dia 26) e do "Globo Repórter", com a retrospectiva do ano (no dia 27). Não há dúvida que teremos muita coisa boa no ar, nos próximos dias.

ARAGÃO NOS EUA

Renato Aragão pode ser um "Trapalhão" na hora em que interpreta o Didi Mocó, mas quando se trata de negócios, o homem é uma "fera". No ano de 1985 ele vai lançar-se de vez no mercado de vídeoclipes e adivinhem onde? Nos EUA, onde está montando um estúdio. Aliás, quando o Renato faz as coisas, são sempre bem feitas. Mick Jagger, por exemplo, veio ao Brasil especialmente para gravar no estúdio do Renato. Com seu novo empreendimento, em Los Angeles, ele praticamente passará a morar nos EUA, ou para ser mais exato, num avião, já que terá que se desdobrar para atender também aos compromissos no Brasil. Sem dúvida, esse é o "Trapalhão" mais bem sucedido do mundo!

MALANDRO PAPAI

Sérgio Mallandro ganhou um "malandrinho" no mês passado, com o nascimento, no dia 8 de novembro, do garotão Sérgio Tadeu. E o apresentador da TVS ficou tão entusiasmado com o garoto que já andou assustando a esposa, Mary Anne, prometendo que vai encomendar outros catorze filhotes. Barbaridade!! Vá ser exagerado prá lá de Itu!

MARÍLIA DE VOLTA

Neste mês, providencialmente, termina o "castigo" de Marília Gabriela em Londres. A apresentadora retorna definitivamente ao Brasil e vai ser muito acionada nos programas jornalísticos da Globo. Já pensaram trocar o verão e o Carnaval do Rio de Janeiro pela névoa e pelo duro inverno de Londres?! Marília foi salva pelo gongo!

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22 do Correio Popular em 1 de dezembro de 1984)

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Textos, mas sem papel

Pedro J. Bondaczuk


A falta de segurança para prevenir ataques de hackers vem retardando algo que vai acontecer mais cedo ou mais tarde: a circulação de jornais e revistas única e exclusivamente em veículo eletrônico, ou seja, no computador, eliminando de vez as mídias impressas.
Quando levanto essa possibilidade, recebo, invariavelmente, dezenas de mensagens, muitas das quais insultuosas, como se isso fosse uma coisa cuja decisão me coubesse. Não tenho nada com isso! O que faço é mera previsão, até baseada na lógica, que pode se confirmar ou não.
A produção de papel é uma atividade não apenas dispendiosa, mas altamente poluente. Quem vive nas proximidades de alguma fábrica desse produto sabe do que estou falando. Ademais, a mídia eletrônica é mais limpa e o noticiário pode ser renovado em tempo real, quase na mesma hora que o fato acontece.
Por enquanto, porém, não é a mais segura (ou nem um pouco segura). Qualquer celerado, que mal saiu do cueiro, mas que domine os segredos da informática (e essa molecada de hoje é genial nesse aspecto), ou seja, qualquer hacker mirim (ou adulto, sei lá), pode, com a maior facilidade, tirar um site de notícias do ar.
Esses celerados irresponsáveis podem, até, muito mais. Já invadiram, por exemplo, os sites da CIA, do FBI e outros tantos, os mais seguros que vocês possam imaginar. Volta e meia, algum desses idiotas é preso (notadamente nos EUA e Europa) e passa anos na cadeia. Mas sempre aparecem outros bobalhões, dispostos a repetirem, a “façanha”.
Não me entra na cabeça que alguém ache “divertido” detonar o computador dos outros e até ameaçar a segurança pública. Há fortes suspeitas, inclusive, que o recente blecaute nacional, que afetou pelo menos 18 Estados, teve algum tipo de interferência de hackers. Isso não ficou comprovado, mas não duvido da possibilidade. Gente burra, inconsciente e maldosa é que não falta. E, sobretudo, irresponsável.
Livros totalmente eletrônicos já existem em profusão. Nos dois últimos anos, li algumas dezenas deles, que queria ler há tempos, mas não encontrava nem em sebos para comprar. A leitura na telinha é um tanto cansativa, admito, mas é questão de costume. Já me acostumei a ela e leio, hoje, muito mais no computador do que exemplares impressos.
Um amigo disse-me, por estes dias, que já existe no mercado um aparelhinho voltado exclusivamente para esse fim. Seria como um Ipod, mas restrito a textos. Você salvaria os livros que desejasse (isto, claro, se já estiverem disponíveis para meios eletrônicos) e acessaria o que quisesse ler. Caberia nessa engenhoca uma biblioteca inteira de razoável porte, ou seja, por volta de 500 volumes.
A tal maquininha tem, conforme esse amigo, formato pequeno, pouco maior do que um livro convencional e, por isso, você pode levá-lo para onde quiser. Não posso assegurar se essa informação é verdadeira ou não. Até porque não entendo bulhufas dessas novas tecnologias. Mas não duvido que tal equipamento de fato exista. E se não existir ainda, não tardará para alguém desenvolvê-lo.
Os que me xingam, quando prevejo que jornais, revistas e livros impressos vão desaparecer um dia (claro que é impossível precisar quando), deveriam se informar melhor e aprender a fazer extrapolações. Sustento, pois, minha previsão e tenho certeza que, mais dia menos dia, ela irá se concretizar, quando menos as pessoas esperarem. A “era Guttenberg” (não sei se feliz ou infelizmente) está chegando ao fim. Espero que seja para melhor. E que se aprenda a evitar os hackers.

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Thursday, June 23, 2011










Não me canso de admirar o poder do cérebro humano. Criado como um dos animais mais frágeis da natureza, em termos de força física e aptidão dos sentidos, o homem adaptou-se ao mundo hostil em que vive e, mediante a consciência e o raciocínio, operou maravilhas. Aprendeu a fazer fogo, construiu moradias confortáveis e seguras, inventou a roda, domesticou animais e vegetais que pôs ao seu serviço, criou cidades, Estados, impérios e civilizações. Sondou o íntimo da natureza e colocou a seu serviço forças fenomenais. Foi ao âmago da matéria e descobriu o átomo. Desvendou o segredo da vida. Aprendeu a se locomover com rapidez e conforto e até a voar. Não conseguiu, todavia, inventar uma fórmula de como viver com alegria, justiça e sabedoria. Afinal isso só se aprende vivendo. Quem sabe aprenda no correr das gerações! Jean-Paul Sartre constatou, a propósito: “Tudo já foi descoberto, exceto como viver”. E não está certo?

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