Friday, January 05, 2018

FICCIONISTAS RIVALIZAM COM HISTORIADORES
Levantei, há muito, uma tese que causou muita polêmica, mas que sigo sustentando. É a de que jamais conheceremos a verdadeira história de um povo se não lermos os principais livros dos seus principais escritores. Os historiadores, costumeiramente, se atêm, com o máximo rigor, a documentos para relatar e fundamentar fatos. Estes, todavia, na sua frieza protocolar, não “explicam” o comportamento do povo, os motivos para agir de determinada forma e não de outra. Não desvendam sua cultura, seus ritos, costumes e tradições. Já o escritor...“Deve-se ler, até mesmo, os que escrevem somente ficção, para compreender a história de um povo?”, perguntará o leitor, no intuito de pegar o redator de “calça curta”. Retruco: principalmente estes!!! E por que? Porque o ficcionista (romancista, contista ou novelista) tem que emprestar o máximo de verossimilhança aos seus enredos, para torná-los atrativos, interessantes e não raro inteligíveis. Por isso descreve, melhor do que ninguém, do que o historiador, o sociólogo ou o cientista do comportamento, por exemplo, como aquela determinada população age, do que gosta, o que detesta, o que anseia, o que teme, o que veste, come, faz etc.etc.etc. Exemplo? “Guerra e Paz”, de Leon Tolstoi. Poderia citar milhares e milhares de outros livros e autores. Enfim, o ficcionista capta a “alma” daquele povo na sua integralidade. E isso, historiador algum consegue fazer.


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CITAÇÃO DO DIA:

Ousadia no amor 

Todo aquele que ama deve ser um pouco ousado, porque há ousadias que valem pela melhor das homenagens e não há mulher que não as perdoe mesmo quando as repele. Se eu me apaixonasse por uma rainha ou mesmo por uma deusa, não hesitaria em lhe declarar meu amor.
(Jean-Baptiste Poquelin-Moliére).

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