FICCIONISTAS
RIVALIZAM COM HISTORIADORES
Levantei,
há muito, uma tese que causou muita polêmica, mas que sigo
sustentando. É a de que jamais conheceremos a verdadeira história
de um povo se não lermos os principais livros dos seus principais
escritores. Os historiadores, costumeiramente, se atêm, com o máximo
rigor, a documentos para relatar e fundamentar fatos. Estes, todavia,
na sua frieza protocolar, não “explicam” o comportamento do
povo, os motivos para agir de determinada forma e não de outra. Não
desvendam sua cultura, seus ritos, costumes e tradições. Já o
escritor...“Deve-se ler, até mesmo, os que escrevem somente
ficção, para compreender a história de um povo?”, perguntará o
leitor, no intuito de pegar o redator de “calça curta”. Retruco:
principalmente estes!!! E por que? Porque o ficcionista (romancista,
contista ou novelista) tem que emprestar o máximo de verossimilhança
aos seus enredos, para torná-los atrativos, interessantes e não
raro inteligíveis. Por isso descreve, melhor do que ninguém, do que
o historiador, o sociólogo ou o cientista do comportamento, por
exemplo, como aquela determinada população age, do que gosta, o que
detesta, o que anseia, o que teme, o que veste, come, faz
etc.etc.etc. Exemplo?
“Guerra e Paz”, de Leon Tolstoi. Poderia citar milhares e
milhares de outros livros e autores.
Enfim, o
ficcionista
capta a “alma” daquele povo na
sua integralidade.
E isso, historiador algum consegue fazer.
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CITAÇÃO DO DIA:
Ousadia no amor
Todo
aquele que ama deve ser um pouco ousado, porque há ousadias que
valem pela melhor das homenagens e não há mulher que não as perdoe
mesmo quando as repele. Se eu me apaixonasse por uma rainha ou mesmo
por uma deusa, não hesitaria em lhe declarar meu amor.
(Jean-Baptiste
Poquelin-Moliére).
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