Saturday, January 13, 2018

A SAUDÁVEL INSATISFAÇÃO DE ALGUNS ESCRITORES
Todo escritor – salvo uma ou outra exceção – é parecido em suas reações em relação a cada livro que conclui. Por melhores que enredo e texto tenham ficado, sempre resta uma pontinha de frustração no autor, por achar que poderiam ter ficado melhores. Eu, pelo menos, sou assim. Antes de dar alguma obra como pronta, reviso, e reviso, e reviso. Faço acréscimos (poucos) e corto, sem dó e nem piedade, não raro capítulos inteiros. Cristóvão Tezza confessa que também sentiu essa natural insegurança. Em entrevista dada ao Caderno G, do jornal “Gazeta do Povo”, de Curitiba, tempos atrás, perguntado se estava preocupado com a repercussão que um novo livro dele poderia ter, respondeu: “Quando comecei a escrever, não estava preocupado, mas à medida que o romance foi ficando pronto, senti aquele ‘medo de sair na rua’ que sempre tenho quando termino um livro. Depois, passou”. Também sou assim... Também sou assim. Nunca me dou por satisfeito ao concluir, não somente um livro, mas qualquer texto, não importa o assunto, a extensão e o fim a que se destina. Posso estar equivocado, mas considero essa insatisfação saudável e até útil, para sempre se buscar escrever melhor.

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CITAÇÃO DO DIA:
Amor rejeitado 

Não há nada mais explosivo no mundo do que o amor rejeitado.

(Pearl S. Buck, livro "Carta de Pequim").

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