Monday, January 15, 2018

NÃO ME JULGO HABILITADO A DAR HIPOTÉTICA “RECEITA PARA ESCREVER BEM”

Gustave Flaubert afirmou, em carta a um amigo, que "o artista deve estar na sua obra como Deus na criação: presente porém invisível". A citação vem a propósito de solicitação de um leitor, que pede uma hipotética "receita de escrever bem". Existe alguma, santo Deus?!! Se existe, confesso que não me julgo habilitado a tratar dela. Não passo de "aprendiz de feiticeiro" que, mesmo tendo escrito (e publicado) mais de seis mil textos, de vários gêneros e assuntos, em diversos jornais da cidade, do Estado e do País (e na internet) continuo perplexo e hesitante, sem saber se o que escrevi (ou ao menos parte) tem ou não qualidade, importância ou validade. Tomara que tenha... Em todo caso, há recomendações óbvias, que não custa recordar. A premissa básica é que a pessoa que queira encarar o "desafio" de escrever com relativa correção e criatividade tenha um mínimo de talento, de cultura e de autodisciplina para isso, além, é claro, de gostar da atividade. Deve, sobretudo, colocar paixão e prazer no que faz, sem, no entanto, fazer concessões à lógica e ao bom-senso. Sem isto, suponho, nunca será sequer razoável escritor. E jamais cometer erros de grafia, pontuação, acentuação, de gramática etc.etc.etc. Isso, pelo menos, é o básico, o trivial.


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CITAÇÃO DO DIA:
Coação do amor 

Maldito Amor, a que não obrigas os corações mortais!.

(Virgílio, "Eneida", Livro Quarto).

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