Com o jeito da Lua
Pedro
J. Bondaczuk
O dia 20
passado, terça-feira desta semana, assinalou o 35º aniversário de
uma das maiores (se não a maior) façanha do homem em todos os
tempos: a chegada à Lua. Foi um acontecimento inesquecível, que
mostra que, com ousadia, coragem, técnica, disciplina e organização,
o ser humano pode, virtualmente, qualquer coisa que desejar.
Mas o
assunto que queremos abordar hoje com o leitor, embora refira-se,
também, a crateras, não é exatamente esse. Apenas pretendemos
registrar essa data histórica, marco na evolução tecnológica da
humanidade, sem maiores comentários, que ademais se tornam
dispensáveis.
Queremos,
na verdade, tratar de outras crateras, mais próximas de nós.
Referimo-nos à incrível sucessão de buracos que toma conta das
ruas da cidade, em especial as do nosso bairro, o Taquaral, e
adjacências. Raras vezes as nossas vias públicas estiveram num
estado tão lastimável, de desleixo, de falta de conservação e de
abandono, quanto agora.
É
certo que este ano tem sido atípico, no que se refere às chuvas.
Por exemplo, choveu mais, neste mês de julho, em Campinas, do que
nos últimos 14 anos no mesmo período do ano, que sempre se
caracterizou pela estiagem. Isso atrapalha, evidentemente, os
trabalhos da Prefeitura, de conservar e manter transitáveis as vias
públicas da cidade.
Mas
será que atrapalha tanto? Era para as ruas chegarem ao ponto a que
chegaram? Não, não e não! Quem sofre com isso, claro, é o
atormentado motorista, às voltas, cada vez com maior frequência,
com as crescentes contas nos mecânicos, para consertar suspensão,
pontas de eixo, rodas e outras coisas mais. Claro que não são
apenas as vias públicas do Taquaral que se encontram em petição
de miséria. Moradores de todas as partes da cidade têm a mesma
queixa, em maior ou menor grau, e todos, obviamente, com razão.
Não
se trata, é mister frisar, de nenhuma manobra política para
desacreditar a atual administração, praticamente em vésperas de
eleições. A Folha do Taquaral sempre se pautou pela
isenção nas querelas partidárias e não esteve, não está e
jamais estará a serviço deste ou daquele partido ou deste ou
daquele político, candidato ou não. Defende, isto sim, de forma
intransigente e constante, os legítimos interesses dos cidadãos,
aos quais tem o orgulho de representar.
Há
ruas, como a Fernão Lopes, em frente do Colégio Farroupilha, por
exemplo, que melhor seria recapear de novo, do que se limitar a tapar
buracos, tamanha é a sucessão de crateras, dos mais variados
tamanhos e profundidades, que põem em risco não apenas o
patrimônio, mas a integridade física (e até a vida) de motoristas
e de pedestres. E, pior, de crianças e de adolescentes.
Nosso
objetivo ao tratar do assunto, reitere-se, não é o de fazer nenhuma
denúncia ou de questionar a competência ou a integridade de
qualquer dos membros da atual administração municipal, longe disso.
O objetivo é o mais construtivo e nobre possível. Ou seja, é o de
alertar as autoridades e pedir providências urgentes, em nome dos
contribuintes, que querem poder exercer seu sagrado direito de ir e
vir com conforto e segurança. Afinal, é o cidadão o verdadeiro
patrão daqueles que elegeu para gerir o patrimônio comum. Ou não
é?!
(Editorial
da Folha do Taquaral de 20 de julho de 2004).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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