FAZER
LITERATURA NO BRASIL NÃO É BOM NEGÓCIO
O
catarinense Cristóvão Tezza, quando indagado,anos atrás, por que
continuava ainda lecionando e não se dedicava exclusivamente às
letras – já que ganhou tantos prêmios literários nos últimos
anos – afirmou uma coisa que nós, que somos do ramo, sabemos de
sobejo, mas que o leigo desconhece. Ou seja, que no Brasil “talvez”
(e note bem, “talvez” apenas) existam, no máximo, quatro
escritores (e olhem lá!) que podem viver apenas de literatura. Eu
por exemplo só conheço um nessas condições: Paulo Coelho. Os
demais... E olhem que Tezza tem tudo para ser um desses quatro. Pelo
que afirmou, todavia, não é. Com uma dezena e meia de livros
publicados, já conquistou diversos prêmios, entre os quais um da
Academia Brasileira de Letras e o Jabuti de 2008 de Melhor Romance,
com “O filho eterno” (esta obra também lhe valeu, no mesmo ano,
os prêmios da Portugal Telecom e da revista “Bravo!”). Portanto,
quando afirmo que fazer literatura no Brasil não é bom negócio
(nem financeiro e sequer de prestígio), não estou choramingando,
como alguns me acusam. Limito-me a ser realista e nada mais.
@@@@@@
CITAÇÃO DO DIA:
A doença do amor
O
amor é sempre uma doença, mas se é correspondido pode seguir seu
curso e até extinguir seu fogo; se é frustrado, permanece dentro da
pessoa para sempre, envenenando o espírito.
(Piers
Paul Read, livro "O Oportunista")
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