O PROFESSOR BENEDITO SAMPAIO
CRIOU PERSONAGENS INOLVIDÁVEIS PARA ILUSTRAR SUAS CRÔNICAS
Como cronista, o professor
Benedito Sampaio tem textos deliciosos, publicados nos dois jornais
diários de Campinas de então – “Diário do Povo” e “Correio
Popular” – consolidados nos volumes "O Cosmorama da Cidade",
que foi premiado pela Academia Brasileira de Letras, e "De minha
Chácara". Suas crônicas são, boa parte delas, na verdade,
pequenos contos. São repletas de humor e revelam, sobretudo, um
homem extremamente observador, conhecedor profundo da natureza
humana, e refinado crítico de costumes. Além de intelectual
apaixonado por seu país e pelo seu povo. Criou tipos que encontramos
a todo instante pela cidade, intemporais, perenes, mas de carne e
osso. Como o doutor Abrenúncio, por exemplo, que se gabava de "ter
lido tudo, sem ter lido nada". Como Binucho. Como o Lindoro, que
lhe surrupiou o livro "Gramática Brasileira", do padre
Figueira. Como o Zeferino. Como o Juca das Neves e seus álbuns. Como
o poeta Gervásio. Como o pedante Nicote, dos pafós e das xaras. E
vai por aí afora. Não enveredou pelo romance, porque o gênero,
provavelmente, não lhe aprazia.
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CITAÇÃO DO DIA:
Amigo da infância
Os
amigos da infância, desde que se separam, serão irreconciliáveis
depois quando, da infância, outra coisa não existir, além do homem
envelhecido. Seria possível, sim, preservar o amigo de infância, se
possível fosse preservar e manter a infância. O ar e a luz de suas
manhãs. As cores do casario. Os cânticos e o incenso das novenas. A
beleza, a coragem e as esperanças do menino.
(Antonio
Maria).
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