ALGUNS TIPOS DE ARREPENDIMENTO BASTANTE
COMUNS
Por que não buscamos reconciliação, quando isso ainda era
possível, com a pessoa amada, após uma das tantas briguinhas
conjugais, tão comuns entre casais que se amam (e que são até
mesmo necessárias para esclarecer determinadas pendências),
deixando que uma barreira de ressentimentos e mágoas ofuscasse, e
depois matasse, o amor? Trata-se, como se vê, de arrependimento de
desastrosa omissão, determinada, quase sempre, por um orgulho tolo e
sem sentido, apenas para “não dar o braço a torcer”. Ou seja,
apostou-se tanto em tão pouco. E isso, convenhamos, é extremamente
comum e corriqueiro. Muitos, muitíssimos já se arrependeram disso.
Talvez nunca admitam para ninguém, nem para si mesmos, mas que
tiveram esse arrependimento, ah, isso tiveram! A menos que não
gostassem, de fato, da pessoa a quem juravam amor. Mas se gostavam...
O que levou, por exemplo, determinada pessoa a reagir violentamente a
uma reprimenda do pai, deixando sua casa e nunca mais voltando a
falar com ele? Será que quem agiu dessa forma nunca se arrependeu
desse tipo de atitude? Nunca sentiu falta dos conselhos e da
orientação desse alguém que tanto se importava com seu presente e
seu futuro? Nunca pensou em retribuir, mesmo que minimamente, o que
esse benfeitor lhe fez? Que benefício sua atitude intempestiva
trouxe e para quem? Há casos e mais casos desse tipo, ditados,
apenas, e tão somente, por um orgulho tolo e inútil, gerando
sofrimento, dor e solidão.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Pretensão do
poeta
A
pretensão de todo poeta é ser um jornalista da alma humana.
(Affonso Romano de
Sant’Anna).
***
O pastiche na
arte
O
pastiche é a impotência travestida de potência. A vontade de ser
aquilo que não se é. O pastiche é o oposto da paródia, esta sim,
uma revivificação da linguagem. Enfim, a arte das últimas décadas,
confessadamente, vive recorrendo ao pastiche como outros recorrem ao
viagra..
***
Tolice do
século XX
Uma
das tolices do século XX foi, através de silogismos fascinantes,
anunciar a morte da História, a morte da Arte, a morte do homem.
Pois a História está renascendo, a Arte está renascendo, o homem
está renascendo no cemitério de mortes anunciadas do finado século.
(Affonso Romano de
Sant’Anna, crônica “Uma guerra pós-moderna”).
***
Como galinha
Luís Fernando
Veríssimo diz que o cronista é como uma galinha, bota seu ovo
regularmente. Carlos Eduardo Novaes diz que crônicas são como
laranjas, podem ser doces ou azedas e ser consumidas em gomos ou em
pedaços, na poltrona de casa ou espremidas na sala de aula.
***
Estilita e
estilista
Já
andei dizendo que o cronista é um estilita. Não confundam, por
enquanto, com estilista. Estilita era o santo que ficava anos e anos
em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São Simeão
passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva. Claro que de
tanto purificar seu estilo diariamente o cronista estilita acaba
virando um estilista. O cronista é isso: fica pregando lá em cima
de sua coluna no jornal. Por isso, há uma certa confusão entre
colunista e cronista, assim como há outra confusão entre
articulista e cronista. O articulista escreve textos expositivos e
defende temas e idéias. O cronista é o mais livre dos redatores de
um jornal. Ele pode ser subjetivo. Pode (e deve) falar na primeira
pessoa sem envergonhar-se. Seu ‘eu’, como o do poeta, é um eu de
utilidade pública.
(Affonso
Romano de Sant’Anna, crônica “O cronista é um escritor
crônico”, publicada em 12 de junho de 1988).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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