Wednesday, August 15, 2018

Reflexão do dia


ALGUNS TIPOS DE ARREPENDIMENTO BASTANTE 

COMUNS

Por que não buscamos reconciliação, quando isso ainda era possível, com a pessoa amada, após uma das tantas briguinhas conjugais, tão comuns entre casais que se amam (e que são até mesmo necessárias para esclarecer determinadas pendências), deixando que uma barreira de ressentimentos e mágoas ofuscasse, e depois matasse, o amor? Trata-se, como se vê, de arrependimento de desastrosa omissão, determinada, quase sempre, por um orgulho tolo e sem sentido, apenas para “não dar o braço a torcer”. Ou seja, apostou-se tanto em tão pouco. E isso, convenhamos, é extremamente comum e corriqueiro. Muitos, muitíssimos já se arrependeram disso. Talvez nunca admitam para ninguém, nem para si mesmos, mas que tiveram esse arrependimento, ah, isso tiveram! A menos que não gostassem, de fato, da pessoa a quem juravam amor. Mas se gostavam... O que levou, por exemplo, determinada pessoa a reagir violentamente a uma reprimenda do pai, deixando sua casa e nunca mais voltando a falar com ele? Será que quem agiu dessa forma nunca se arrependeu desse tipo de atitude? Nunca sentiu falta dos conselhos e da orientação desse alguém que tanto se importava com seu presente e seu futuro? Nunca pensou em retribuir, mesmo que minimamente, o que esse benfeitor lhe fez? Que benefício sua atitude intempestiva trouxe e para quem? Há casos e mais casos desse tipo, ditados, apenas, e tão somente, por um orgulho tolo e inútil, gerando sofrimento, dor e solidão.

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PESCA EM ÁGUAS TURVAS

Prosseguindo em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova proposta a fazer às editoras. Diz-se que a internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso o que venho tentando, há algum tempo, conferir. Tenho mais um livro, absolutamente inédito, a oferecer. Seu título é: “Dimensões infinitas”, que reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes. Abordo, em linguagem acessível a todos, num estilo coloquial, assuntos tais como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo), o fenômeno da genialidade, a fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das religiões, as tentativas de previsão do futuro e as indagações dos filósofos de todos os tempos sobre nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas. É um livro não somente para ser lido, mas, sobretudo, para ser refletido. Meu desafio continua sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas turvas”. Ou seja, é o de motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela e nem tenha que contar com algum padrinho, mas apenas pela internet, e sem que eu precise bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para fecharmos negócio, basta que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse, pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com. Quem se habilita?


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CITAÇÃO DO DIA:


Pretensão do poeta 

A pretensão de todo poeta é ser um jornalista da alma humana.

(Affonso Romano de Sant’Anna).

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O pastiche na arte 

O pastiche é a impotência travestida de potência. A vontade de ser aquilo que não se é. O pastiche é o oposto da paródia, esta sim, uma revivificação da linguagem. Enfim, a arte das últimas décadas, confessadamente, vive recorrendo ao pastiche como outros recorrem ao viagra..

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Tolice do século XX 

Uma das tolices do século XX foi, através de silogismos fascinantes, anunciar a morte da História, a morte da Arte, a morte do homem. Pois a História está renascendo, a Arte está renascendo, o homem está renascendo no cemitério de mortes anunciadas do finado século.

(Affonso Romano de Sant’Anna, crônica “Uma guerra pós-moderna”).

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Como galinha 

Luís Fernando Veríssimo diz que o cronista é como uma galinha, bota seu ovo regularmente. Carlos Eduardo Novaes diz que crônicas são como laranjas, podem ser doces ou azedas e ser consumidas em gomos ou em pedaços, na poltrona de casa ou espremidas na sala de aula. 

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Estilita e estilista

Já andei dizendo que o cronista é um estilita. Não confundam, por enquanto, com estilista. Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São Simeão passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva. Claro que de tanto purificar seu estilo diariamente o cronista estilita acaba virando um estilista. O cronista é isso: fica pregando lá em cima de sua coluna no jornal. Por isso, há uma certa confusão entre colunista e cronista, assim como há outra confusão entre articulista e cronista. O articulista escreve textos expositivos e defende temas e idéias. O cronista é o mais livre dos redatores de um jornal. Ele pode ser subjetivo. Pode (e deve) falar na primeira pessoa sem envergonhar-se. Seu ‘eu’, como o do poeta, é um eu de utilidade pública.

(Affonso Romano de Sant’Anna, crônica “O cronista é um escritor crônico”, publicada em 12 de junho de 1988).



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