Investimentos externos
Pedro J. Bondaczuk
O Brasil, após a
estabilização da sua economia, com o controle da inflação, passou
a ser um país bastante atrativo para investimentos externos. Tem um
mercado ativo, com grande potencial de expansão, além de contar com
infraestrutura razoável e mão de obra farta e barata, entre outras
tantas vantagens.
Indústrias de vários setores
e diversos portes da Europa e da Ásia já perceberam isso. Só de
inversões já confirmadas e decididas, de montadoras de veículos,
vão ser US$ 13 bilhões nos próximos três anos.
Quando essas novas unidades
iniciarem sua produção, o consumidor brasileiro vai ter mais
variedade de escolha, ou seja, onze marcas diferentes ao seu dispor.
As fábricas serão instaladas não mais apenas no eixo São
Paulo-Rio-Minas, mas vão beneficiar outros Estados, como Paraná e
Bahia, por exemplo, interiorizando o desenvolvimento.
Cada investimento direto
desses implica em tantos outros indiretos, em indústrias de
autopeças ou nas revendas de veículos, entre outros. São recursos
sempre bem vindos, dos quais o País ainda é muito carente,
essenciais para que o Brasil volte a crescer a taxas suficientes para
absorver parte do alto contingente de desempregados.
Vencido o desafio do controle
da inflação, um outro, e não menor, se impõe à sociedade: o da
retomada do crescimento econômico. Só ele vai permitir o
estreitamento do imenso fosso social que separa a minoria bem
aquinhoada da maioria miserável desse país continente.
(Editorial número dois,
publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 3 de janeiro
de 1997).
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