Atenção, alerta!!
Pedro J. Bondaczuk
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Como você acha que seria o contato nosso, humanos terráqueos, com
eventuais seres extraterrestres (caso estes existam, claro, e sejam
“inteligentes”)? Será pacífico e acolhedor da nossa parte? Será
conflituoso e tenso, dada a natural desconfiança que se tem do
desconhecido? Será predatório, da parte do mais forte e
intelectualmente mais avançado? Sim, como será esse hipotético
encontro, se e quando ocorrer? Ademais, como seria a comunicação?
Em qual língua? Sim, porque é impossível que esses hipotéticos
extraterrestres falem algum dos mais de vinte mil idiomas e dialetos
existentes aqui na Terra.
Aviso, de antemão, que não se trata de mera fantasia de
ficcionista. E é muito menos delírio de um ufólogo convicto (que
na verdade não sou), desses que veem objetos voadores
não-identificados por toda a parte e concluem, afoitamente, que
sejam naves interplanetárias. Trata-se de “possibilidade”, posto
que remotíssima, embora não se trate de “probabilidade”.
Para o já saudoso astrofísico britânico Stephen Hawking, que foi,
até seu recente falecimento, um dos maiores gênios deste início de
século XXI, dos remanescentes em nossa época, esse possível
encontro será tenso, dramático, conflituoso de parte a parte e
sumamente perigoso para quem esteja em nível de desenvolvimento
mental e, portanto, científico e tecnológico inferior, no caso,
nós.
Sim, amigos, estaríamos infinitamente mais atrasados do que esses
hipotéticos ETs. E por que? Porque com os recursos de que dispomos,
não conseguimos chegar, sequer, ao planeta mais próximo da Terra,
Marte e se lá chegarmos, não se sabe se sobreviveremos aos riscos
de tão “ousada” aventura e se teremos condições de regressar
incólumes ao nosso domo cósmico e relatar o que testemunhamos.
Com a tecnologia disponível, portanto, não podemos, sequer, deixar
nosso sistema solar. Se o encontro se der, portanto, será por
iniciativa dos alienígenas. E, dadas as fantásticas distâncias do
universo, medidas não em quilômetros, mas em anos-luz (ou seja, a
distância que a luz, que percorre no vácuo a 300 mil quilômetros
por segundo, em um ano), para que algum ser vivo chegue até nós,
terá que dispor de tecnologia infinitamente mais avançada do que a
nossa. Seríamos, portanto, em comparação com tais ETs, mais
obtusos que o animal terrestre mais descerebrado é para nós. Nessas
circunstâncias, pois, quem dominaria quem?
Ademais, para o quê eles viriam a esse pequeno e talvez
desinteressante planeta, que orbita uma estrela de quinta grandeza,
localizada na periferia de uma galáxia que sequer é das maiores, no
caso, a Via Láctea? A simples “passeio”, creiam, é que não
seria.
Hawking afirmou categoricamente, em pronunciamento que fez para um
documentário do canal de televisão a cabo “Discovery Chanel”,
“que formas de vida inteligente, além da nossa, existem quase que
com certeza”. E qual a base de tão ousada afirmação, já que
feita por um cientista e não por um escritor de ficção científica,
que baseia, portanto, conclusões não em meras especulações, mas
em dados concretos? Na lógica e na teoria matemática das
probabilidades.
Segundo esta, é “provável” que existam, no universo com seus
milhões de galáxias, pelo menos trezentos mil planetas com
condições iguais à da Terra, ou seja, com a mesma distância da
sua estrela-mãe, com um satélite do tamanho da Lua a orbitá-los,
com atmosfera composta por sutil e rigorosa mistura de oxigênio e
nitrogênio e, sobretudo, com água potável. Fantasia? Pode até
ser. Mas, como dizem os italianos, “se non é vero, é benne
trovato”.
“Uma visita de extraterrestres à Terra seria, guardadas as devidas
proporções, como a chegada de Colombo à América, o que não
terminou muito bem para os nativos americanos”, disse o
astrofísico, no programa “O universo de Stephen Hawking”. “A
maior parte da vida extraterrestre seria similar a micróbios ou a
animais de pequeno porte. Todavia, podem haver formas mais avançadas.
E, caso haja, essas poderiam ser nômades, em busca de locais para
colonizar”, completou o cientista.
E não há, por acaso, lógica no que afirmou? Esses viajantes do
espaço (se existirem, claro), poderiam ter perdido, em decorrência
de algum cataclismo, seu planeta de origem. Nesse caso, os
tripulantes da nave, movida por alguma força fabulosa e
absolutamente desconhecida por nós, seriam descendentes,
possivelmente a milésima geração ou mais, dos que teriam iniciado
tamanha aventura.
Se forem, de fato, inteligentes (e terão, necessariamente, que ser,
caso contrário não teriam um veículo tão avançado que ser humano
algum jamais concebeu, nem mesmo em imaginação, algo sequer
remotamente parecido), não iriam se arriscar a toa, apenas por
“espírito de aventura”. Certamente, teriam um objetivo prático.
Mesmo que se trate, pois, da mais delirante fantasia, não devemos
estar tão ansiosos por um eventual encontro com ETs. Caso ele um dia
ocorra (e sempre ressalvando a condição básica dessa premissa, que
é a sua simples existência, claro), pode significar nossa
escravização ou a pura e simples extinção. Portanto, compete-nos
estar sempre alertas. Afinal, cautela e caldo de galinha... não
fazem, ao menos ao que se saiba, mal a ninguém…
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