MEUS POEMAS SÃO “FOTOGRAFIAS INSTANTÂNEAS”
DE
DETERMINADO
MOMENTO
Não posso dizer que meus poemas são “escritos” em meio à
multidão, ao vozerio, ao corre-corre, ao lufa-lufa ou seja lá o que
vocês queiram pensar. São, como a totalidade dos meus textos,
produzidos, de fato, isto é, na versão final com que os
“apresentarei” ao mundo, no mais rigoroso silêncio e não raro,
na absoluta, opressora, dolorosa e opressiva solidão. E porque
escrevo na primeira pessoa e apresento, a título de exemplo, a minha
experiência pessoal e não de alguém mais famoso ou conhecido?
Porque o escritor responsável e maduro não sai por aí fazendo
suposições. Assume suas ideias e as expõe do jeito que elas são,
nua e cruamente. Mas apega-se, fanaticamente, ao que “conhece”, e
nunca ao que apenas “imagina” (e alguns levam essa imaginação a
extremos) conhecer. Como posso, amável leitor, falar de “seus”
sentimentos, alegrias, tristezas, expectativas, crenças, temores e
idiossincrasias se não os conheço? Só posso falar de mim e do meu
mundo. Estes me são familiares desde que me conheço por gente.
Meus poemas, por exemplo, são “fotografias instantâneas” do
momento em que estou compondo. Se estiver alegre, revelarão alegria;
se triste, tristeza; se confiante, confiança; se otimista, otimismo;
se pessimista, pessimismo e assim por diante. Não quer dizer que sou
assim o tempo todo. Meu humor e meus sentimentos variam como os de
todo mundo.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Crise de parto
O Brasil está
numa crise de parto. É um parto muito demorado. As coisas são
surpreendentes. A revolução militar prendeu, torturou, etc., mas
não regrediu o país. O país cresceu. Agora, com a liberdade, está
parado. O Collor, por exemplo. Conheci-o em Dakar, uma noite, ficamos
conversando a noite toda. É inteligente, bem intencionado. Quer
mudar o país, mas não deixam. Se puser o homem mais genial do mundo
no governo, os estamentos burocráticos e os políticos reacionários
não deixam. O Brasil tem de ser conhecido aos pedaços e consertado
aos pedaços. À medida que você conhece bem uma coisa, fica mais
difícil generalizar. Até a carta de Pero Vaz Caminha dava para ter
ideias panorâmicas, depois...
(João
Cabral de Mello Neto).
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