Friday, September 07, 2018

Reflexão do dia


SEXO FOI CONSIDERADO POR MUITO TEMPO
COMO TABU PARA ESCRITORES
O assunto “sexo”, por muitos e muitos anos – até bem recentemente – foi tido e havido como tema tabu. Bastava que alguém mencionasse o assunto, mesmo que de passagem, e fosse em que contexto fosse, para ser de imediato reprovado pelos que o cercavam. A simples menção a esse ato natural, naturalíssimo, instintivo e essencial à vida (afinal, é a sua origem) era considerada “imoral”. Havia (e em alguns círculos ainda há) muita hipocrisia em torno do assunto. As pessoas poderiam “praticar” o sexo (só faltava proibir isso!), reservadamente, mas... ai de quem ousasse falar a respeito! Em literatura o assunto era proibido. Proibidíssimo. Muitos livros (mas muitos mesmo) notáveis obras-primas da literatura mundial – hoje consagradas, pelo público, e consideradas clássicas – foram proibidos por décadas pelas autoridades, com prejuízos enormes para seus autores e para os editores que ousavam publicá-los. E os que não sofriam essa proibição oficial, chegavam às mãos de raríssimos leitores. Por que? Por falta de sanção, e da consequente autorização, de pais, de educadores, de líderes religiosos etc. Exemplo típico disso é o livro “O amante de Lady Chatterley”, de D. H. Lawrence, proibido na Inglaterra e em boa parte da Europa durante décadas. O instintivo, o indispensável, o natural era tido e havido, então, como vicioso, pecaminoso e, sobretudo, imoral. Há que se distinguir, todavia, erotismo de pornografia. Hoje as coisas estão ao inverso, com um montão de obras nitidamente pornográficas passando por eróticas. Enfim...

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PESCA EM ÁGUAS TURVAS


Prosseguindo em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova proposta a fazer às editoras. Diz-se que a internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso o que venho tentando, há algum tempo, conferir. Tenho mais um livro, absolutamente inédito, a oferecer. Seu título é: “Dimensões infinitas”, que reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes. Abordo, em linguagem acessível a todos, num estilo coloquial, assuntos tais como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo), o fenômeno da genialidade, a fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das religiões, as tentativas de previsão do futuro e as indagações dos filósofos de todos os tempos sobre nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas. É um livro não somente para ser lido, mas, sobretudo, para ser refletido. Meu desafio continua sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas turvas”. Ou seja, é o de motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela e nem tenha que contar com algum padrinho, mas apenas pela internet, e sem que eu precise bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para fecharmos negócio, basta que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse, pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com. Quem se habilita?

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CITAÇÃO DO DIA:

Centro de São Paulo 

São Paulo não depende mais do centro; tudo foge dele, é a ordem natural. E o miolo da cidade se autodestrói, se decompõe. As próprias pessoas que o freqüentam são feias. Ele esmaga, comprime, é sujo, o trânsito difícil, congestionado, o povo irritadiço, nervoso. Já se mediu em custo o preço do congestionamento: mais de 200 milhões (pesquisa da Federação das Indústrias) por ano. Em termos humanos, a aferição foi feita. Esta cidade é dirigida, pensada e planejada em números; não em homens. Economistas substituíram os humanistas.

(Ignácio de Loyola Brandão, artigo "Por que a gente gosta de São Paulo?" publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 25 de janeiro de 1974 e reproduzido no livro "Figuras do Brasil - 80 autores em 80 anos de Folha").


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