Thursday, September 13, 2018

Reflexão do dia


A VIDA É UMA CONTÍNUA DESCOBERTA

Há quem busque tolher a volúpia por informações, notadamente das crianças, entendendo que se trata de um defeito. Tenta-se coibir a curiosidade, alegando que se trata, no mínimo, de mau hábito. Não concordo e jamais poderia concordar com quem age assim. Temos que fazer de cada instante um renascimento, sem deixarmos tempo livre para emoções negativas. A vida consiste de contínua descoberta, desde o nascimento até a morte. A partir do útero materno, quando nosso sistema nervoso e, por consequência, nosso cérebro estão formados, já temos consciência, embora sem possibilidades de externar esse conhecimento, de que existimos e nos encontramos em um ambiente seguro, muito bem protegido e acolhedor. Pelo menos é o que dizem os especialistas. Aliás, isto é comprovável, mediante o processo da regressão. Trata-se da primeira descoberta de uma sucessão delas que cada indivíduo terá no correr de sua existência, de acordo com sua realidade, circunstância e personalidade. E todas são frutos, são o resultado desse poderoso motor do espírito, que é a curiosidade. Pesquisadores concluíram que o cérebro ganha novos neurônios o tempo todo, enquanto vivermos, ampliando o potencial de inteligência. Cabe-nos utilizá-los adequadamente e preenchê-los com novos conhecimentos...

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PESCA EM ÁGUAS TURVAS

Prosseguindo em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova proposta a fazer às editoras. Diz-se que a internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso o que venho tentando, há algum tempo, conferir. Tenho mais um livro, absolutamente inédito, a oferecer. Seu título é: “Dimensões infinitas”, que reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes. Abordo, em linguagem acessível a todos, num estilo coloquial, assuntos tais como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo), o fenômeno da genialidade, a fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das religiões, as tentativas de previsão do futuro e as indagações dos filósofos de todos os tempos sobre nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas. É um livro não somente para ser lido, mas, sobretudo, para ser refletido. Meu desafio continua sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas turvas”. Ou seja, é o de motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela e nem tenha que contar com algum padrinho, mas apenas pela internet, e sem que eu precise bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para fecharmos negócio, basta que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse, pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com. Quem se habilita?


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CITAÇÃO DO DIA:


Reminiscências do Rio 

Eu disse que deveria deixar o Rio sem descrição; mas, neste momento, a torrente de perfumadas reminiscências me domina; devo me desdizer e dá-la agora, enquanto inspiro esse ar almiscarado. Um circuito de mais de 150 milhas de montanhas verdejantes abriga um espaço transluzente, a tal ponto incrustado nas serras verdes que, entre as tribos indígenas, o lugar é conhecido como “A Água Escondida”. De todos os lados, nessa imensidão, erguem-se altos picos cônicos que, ao nascer e pôr do sol, queimam como enormes círios; para o interior, através de vinhedos e bosques, fluem radiosos riachos que vão encher a enseada. Não falo da Baía de Todos os Santos; pois, apesar de ela ser um glorioso refúgio, o Rio é a Baía de Todos os Rios – a Baía de Todas as Delícias – a Baía de Todas as Belezas. Nas encostas em volta, um verão infatigável se mantém em terraços de vívido verde, e, modelados em limo antigo, convento e castelo se aninham nos vales e ravinas.

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Ampla perspectiva 

Em toda a volta, profundas enseadas penetram na montanhosa terra verde e, ameaçadas pelas alturas agrestes, mais lembram o Lago Katrine que o Lemans. E, embora Katrine tenha sido cantada pelo enchapelado Scott e Lemans pelo coroado Byron, ambos, perto do Rio, não passam de flores silvestres, numa perspectiva quase ilimitada. Admirai! Ao longe e longe estreita-se o largo azul das águas, em direção a delicados montes de um verde sutil, escorados pelos pináculos púrpura e pelos tubos dos Montes dos Órgãos; o nome lhes cai perfeitamente pois, em dias tempestuosos, eles despejam canhonadas sobre a baía, afogando o conjunto dos baixos de todas as catedrais do Rio. Gritai furiosamente, exaltai vossas vozes, batei vossos pés, jubilai-vos, Montes dos Órgãos! E despejai vosso Te Deum por todo o mundo.

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Porto escondido 

Por que motivo, por mais de cinco mil e quinhentos anos, este grande porto do Rio permaneceu escondido entre as montanhas, desconhecido dos católicos portugueses? Séculos antes de Haydn tocar para imperadores e reis, estes Órgãos tocavam seu oratório da Criação perante o próprio Criador. Mas o nervoso Haydn não teria suportado tal coro de canhões, já que esse mesmo compositor de trovões morrerá na violenta comoção do bombardeio de Napoleão sobre Viena (...) Rio arquipélago! Eras antes de Noé ancorar sua arca no velho Ararat, ancoravam-se aqui estas verdes, rochosas ilhas que agora vejo. Mas Deus não edificou sobre vós, ilhas! Essas longas linhas de baterias. Nem nosso abençoado Salvador foi padrinho de batismo da distante e sombria Fortaleza de Santa Cruz, embora batizada em honra dele mesmo, o divino Príncipe da Paz! Rio anfiteatro! Em teu largo espaço poderiam acontecer a Ressurreição e o Juízo Final dos guerreiros de todo o mundo (...).

(Hermann Melville, texto de 1844, sobre o Rio de Janeiro).



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