SÓ O MISTÉRIO DA ESSÊNCIA DA VIDA É
INTERDITO A NÓS, HUMANOS
Por ser curioso, o ser humano conquistou o átomo, embora não tenha
feito sempre o melhor uso dessa ciência. Pela mesma razão,
descobriu e mapeou os códigos genéticos, responsáveis pelas
características de todos os seres. Também movido por esse “motor”,
aprendeu a duplicar animais e vegetais. O casal primitivo desobedeceu
o Criador e comeu o fruto da Árvore do Bem e do Mal. Por que? Foi,
também, por “curiosidade”, posto que mórbida, para ver o que
acontecia, mesmo intuindo qual seria o resultado. Perdeu a inocência
original, embora conquistasse o potencial de saber de tudo. Ou quase
tudo. Só um conhecimento, e para o seu próprio bem, lhe foi vedado
(e para sempre): O do mistério da essência da vida. Caso o
conhecesse, provavelmente conduziria à extinção da espécie.
Tentaria imitar o Criador e certamente criaria monstros que o
destruiriam. Algumas verdades, preexistentes, mas que por alguma
razão, não conseguimos alcançar em determinado período da nossa
trajetória vital, de repente, emergem diante de nós, se desnudam
aos nossos olhos, se revelam à nossa consciência. Muitas são óbvias, mas encaramo-las dessa maneira apenas depois de
consumadas. Esta consumação, em geral, ocorre com a aquisição da
experiência, que é resultado de muitos anos de empirismo, de
sucessivas tentativas e erros. E de uma permanente sede de saber, uma
constante, incalculável e persistente curiosidade. Às vezes, isso
nos redime, às vezes, nos decepciona, deprime e condena.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Racismo à
brasileira
Há
provas de que existem grandes desigualdades raciais tanto no Brasil
quanto nos Estados Unidos. Os demógrafos no Brasil estão usando
cada vez mais as categorias “branco” e “não branco” ao invés
de classificarem todas as gradações raciais. Há várias diferenças
importantes entre o racismo americano e o brasileiro. Em primeiro
lugar, nos EUA o racismo é do conhecimento de todos e tenta-se lidar
com ele. Como se viu em Los Angeles, sem sucesso. No Brasil, a classe
governante só conhece que existe racismo no país de uma forma
retórica.
***
Racismo sem
negrofobia
No
Brasil houve violência antes da Abolição. Há uma grande diferença
entre os EUA e o Brasil, que é a negrofobia americana. Um medo
físico da negritude. Isso tem a ver em parte com a cultura
anglo-saxã, em parte com o puritanismo e horror do sexo. No Brasil,
não há negrofobia ou um ódio racial. Isso não exclui a existência
do racismo, que fica evidente com a fortíssima desigualdade racial.
Nos EUA, há uma profunda antipatia emocional entre as raças. No
Brasil, você tem discriminação racial e desigualdade sem o ódio.
***
Elite nega
O que é mais
impressionante no Brasil é que agora temos provas esmagadoras de que
há uma profunda e sistemática desigualdade racial, medida por
renda, educação, índice de mortalidade, expectativa de vida,
habitação, etc. A elite, a classe política brasileira, em geral,
se recusa a reconhecer que o problema existe.
***
Destruição
individual
Você
tem pessoas de cor no Brasil internalizando o ódio por si mesmos,
que é um instrumento muito importante para o prosseguimento do
sistema dominante. Isso também acontece nos EUA mas acaba explodindo
como vimos em Los Angeles. O sistema de autodenegrimento tem muito
mais sucesso junto aos negros no Brasil que nos EUA. Nos EUA, ele
produz efeitos mais destrutivos em termos sociais, com os distúrbios.
No Brasil, você tem a destruição individual das pessoas.
(Thomas
Skidmore, historiador e “brasilianista” norte-americano).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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