Educação com qualidade
Pedro J. Bondaczuk
A educação no País, embora
tenha apresentado inegável avanço nos últimos anos, ainda carece
de um padrão de qualidade. Há escolas públicas ótimas, há as
regulares e existem as ruins e até péssimas. Diga-se de passagem, o
mesmo acontece em relação às particulares.
Em todo fim de um ano e começo
de um novo, milhares de pais acampam na porta das instituições de
mais renome, nas grandes cidades do País --- e também em Campinas,
é óbvio --- para garantir vaga para os filhos, insuficientes para
atender a todos.
Muitos saem frustrados, e com
razão, já que, ao menos na teoria, "todos os brasileiros são
iguais perante a lei" e deveriam ter os mesmos direitos. O atual
governo apregoa um audacioso plano para que todas as crianças de 7 a
14 anos estejam nas escolas. Faz até intensiva campanha pela
televisão nesse sentido.
Trata-se de uma medida das
mais acertadas e meritórias. Há consenso nacional de que a solução
dos problemas brasileiros passa necessariamente pela educação. Mas
não se trata só de uma questão de quantidade, mas também, e
principalmente, de qualidade. E para isso, é preciso que haja um
padrão mínimo, que atualmente não existe. Essa deve ser a meta:
ensino de "qualidade" para todos os brasileiros de 7 a 14
anos.
(Editorial número dois,
publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 7 de janeiro
de 1998).
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