Materiais escolares
Pedro J. Bondaczuk
A proximidade do reinício das
aulas, no começo de fevereiro próximo, significa para os pais um
verdadeiro drama. É o momento de fazer a "via-sacra" às
papelarias, para comprar os materiais escolares solicitados pelas
escolas, cujas relações ficam mais extensas, de ano para ano.
Algumas das exigências são
das mais absurdas. Contrariam, inclusive, a lei. Há escolas
que solicitam de seus alunos determinadas marcas de cadernos, lápis,
guache, etc., em geral as mais caras, triplicando ou mais o preço
final, o que não é permitido.
Os exageros não param por aí.
Não se restringem à qualidade do material exigido. As relações
são a cada ano mais extensas e variadas, muitas descambando para o
exoticismo. Outras, desrespeitando o mínimo senso de proporção.
Em uma delas, por exemplo,
foram solicitadas quatro dúzias de lápis preto, quantidade que
criança alguma conseguirá usar durante um único ano letivo. Itens
que as escolas devem, obrigatoriamente, fornecer aos alunos, por
constarem de suas planilhas de custos, como papel higiênico ou copos
descartáveis, são incluídos nas listas.
Alguns pais reclamam, mas
nenhum ousa deixar de atender às exigências, por temor de
represálias contra os filhos. É preciso bom senso e moderação das
escolas.
(Editorial número dois
publicado na página 2 do Correio Popular em 16 de janeiro de 1998).
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