LAWRENCE
ABORDA UM TEMA ESCABROSO COM
LIRISMO, GRANDEZA E BOM GOSTO
O
relançamento do romance “O amante de Lady Chaterlley”, de D. H.
Lawrence, aqui
no Brasil,
em edição muito bem cuidada, esteve a cargo da Companhia das
Letras, com primorosa tradução de Sergio Flaksman e ainda mais
valorizada por um ensaio a propósito da escritora Doris Lessing,
ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2007. Leiam-no, porque se
trata de um livro que vale a pena ser lido. Mas não esperem
descrições detalhadas de sexo explícito, porquanto irão se
decepcionar. Lawrence trata, nesse livro lançado em 1920 (e cuja
venda foi liberada na Inglaterra apenas em 1952), do relacionamento
extraconjugal da principal personagem, Constance, com o empregado de
sua mansão, Oliver, com delicadeza, lirismo, beleza e bom gosto. Aí
é que está seu principal mérito. Ou seja, tratar de um tema
aparentemente escabroso, com serenidade, grandeza, beleza e bom
gosto. Quem se escandalizou com esse livro (e muitos parecem ter se
escandalizado com ele), talvez tivesse um enfarte se lesse a obra,
por exemplo, de um Henry Miller, com sua trilogia “Sexus”,
“Plexus” e “Nexus”, que, ademais, sequer pode ser
classificada de pornográfica. Imaginem se eles lessem os romances de
uma Adelaide Carraro! E se acessassem um dos milhares de sites
especializados em pornografia, que existem em profusão, internet
afora!
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Aparecimento do
povo
Pode-se
dizer sem erro que, ainda que sem o exagero da exploração
demográfica que tem hoje, o povo, povo mesmo, povão, só apareceu
em 1930. Antes, estava por aí, escondido na senzala das poucas
favelas, no campo latifundiário, nos pés descalços da miséria não
tão ostensiva, porque ainda meio envergonhada. Como o povo, o século
XX também só deu entrada no Brasil em 1930. Se foi com a Revolução
ou não, é uma controvérsia para historiadores. Em 1930, o Brasil
era, e pelo jeito pretendia continuar sendo para sempre, o país do
café, ou seja, da monocultura e quase ainda do trabalho escravo.
País essencialmente agrícola, como se dizia, vivia da exportação
de um produto de sobremesa.
(Otto
Lara Resende, crônica "Esquina, praça: São Jorge Amado,
Bahia", publicada no jornal Folha de S. Paulo, em 9 de agosto de
1992 e reproduzida no livro "Figuras do Brasil - 80 autores em
80 anos de Folha).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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