Aposta na Educação
Pedro J. Bondaczuk
O Ministério de Educação é,
provavelmente, o de melhor desempenho, na média, do governo do
presidente Fernando Henrique Cardoso. Não que esteja tudo perfeito,
às mil maravilhas, sem qualquer problema nesse setor. Longe disso.
Mas sem dúvida, o País evoluiu bastante nesse aspecto, em relação
a um passado ainda recente.
Embora o próprio governo cite
a redução da inflação anual acumulada, para taxas de somente um
dígito, como seu maior feito, essa façanha, embora não negada,
trouxe um custo social intolerável, que deve ser corrigido ou pelo
próprio Fernando Henrique (caso logre a reeleição) ou por seu
eventual sucessor.
Nos próximos dias, o Planalto
encaminha ao Congresso o Plano Nacional de Educação. Trata-se de um
programa de longo prazo para os próximos dez anos, que tem meta
bastante ousada: universalizar o acesso ao ensino básico (1ª a 8ª
série) e garantir que as crianças de 7 a 14 anos permaneçam na
escola, eliminando a evasão escolar.
Para tanto, estabelece
parâmetros que vão normatizar desde a destinação de verbas para
estabelecer e manter a infraestrutura escolar, até a formação de
professores, com remuneração condizente com a função. A educação
é o único caminho para o País sair de vez do subdesenvolvimento.
Apostar nela é assegurar um futuro mais justo e humano para as novas
gerações.
(Editorial número dois,
publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 6 de janeiro
de 1998).
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