Sétima economia do mundo
Pedro J. Bondaczuk
O Banco Central acaba de
divulgar estimativa, com base em dados fornecidos pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que o Produto
Interno Bruto do País saltou de US$ 775 bilhões para US$ 806
bilhões. Este crescimento situaria o Brasil como a sétima economia
do mundo.
A renda per capita --- divisão
do PIB pela população ---, caso as cifras sejam confirmadas (e elas
podem ser ainda maiores), atingiria um recorde histórico, de US$
5.020 por ano. Isso quer dizer que o brasileiro teria um rendimento
mensal de US$ 418,33. Isso mesmo, teria.
Levando em conta que 70% dos
pensionistas e aposentados recebem irrisórios R$ 120 mensais e que
mais da metade dos 65 milhões de pessoas que compõem a População
Economicamente Ativa têm como remuneração entre 50% de um salário
mínimo e um salário mínimo, fica mais do que patente a péssima
distribuição de renda no Brasil, problema que nenhum governo
conseguiu resolver.
Não resta dúvidas de que o
padrão de vida médio do brasileiro, apesar dessa brutal distorção,
melhorou, para os que conseguiram conservar o emprego. Mas ainda há
um longo, longuíssimo caminho a percorrer para que esta seja a
sociedade pelo menos próxima daquilo que a população sonha.
(Editorial número dois
publicado na página 2 do Correio Popular em 22 de janeiro de 1998).
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