Wednesday, September 24, 2014

Os nossos sonhos, desde os menores e mais triviais, aos grandiosos e que mais valorizamos, morrem, como as ondas do mar, que se desmancham nas areias das praias. Isso não é motivo, porém, para que não os tenhamos. O que não podemos é nos frustrar por não conseguir concretizá-los. Devemos ser como as ondas do mar. Se é verdade que morrem na praia e se desmancham na areia, o fato é que tornam a se reorganizar e vão e vêm, vão e vêm e vão e vêm, num moto-perpétuo, enquanto a Terra existir. Não deve ser motivo de frustração o fato das asas da alma serem tão curtas e frágeis e não conseguirem alcançar as estrelas. Amanhã, elas ainda estarão lá, luzindo no firmamento, e depois de amanhã, e depois, e depois, por anos, décadas, séculos e milênios sem fim.

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Os sonhos são como as águas. Se estas forem estagnadas, “morrem”, ficam poluídas e deixam, portanto, de ser saudáveis. Todavia, se forem correntes, se puderem se renovar continuamente, se compuserem ribeirões, riachos, cascatas e grandes rios, estarão sempre eliminando impurezas e, por conseqüência, sendo saudáveis e vitais. Um dos versos do poema “Palavras ao mar”, de Vicente de Carvalho, ilustra a caráter essa renovação (das águas e dos sonhos). É o que diz:

“Sei que a ventura existe,
sonho-a; sonhando a vejo, luminosa,
como dentro da noite amortalhado
vês longe o claro bando das estrelas;
em vão tento alcançá-la e as curtas asas
da alma entreabrindo, subo por instante.
Ó mar! A minha vida é como as praias,
e os sonhos morrem como as ondas voltam!”.

Morrem, mas podem renascer, sem dúvida, mais vigorosos e belos e em maior quantidade.

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Livros que recomendo:

“Balbúrdia Literária”José Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: edir-araujo@hotmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso”Quinita Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar Narciso.  

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Cronos e Narciso (crônicas, Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é reduzido à exaustão dos momentos, este livro de Pedro J. Bondaczuk reaviva a fome de transcendência! (Nei Duclós, escritor e jornalista). Preço: R$ 23,90.

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