O homem ainda tem longo caminho a
percorrer até entender, no fundo da sua alma, que seu papel no mundo é o de ser
parte de um todo e que sua vida será um fracasso caso se volte exclusivamente
para o individual, em detrimento do coletivo. Não se trata de abrir mão da
individualidade, mas de colocá-la a serviço do grupo. Podemos ilustrar essa
situação com o que ocorre no nosso corpo. Somos integrados por bilhões, quiçá
trilhões, de células, cada uma com sua individualidade e vida próprias. Nascem,
crescem, se reproduzem e morrem, como todos nós. Todavia, cada qual executa sua
função, integrada ao todo, nunca em oposição a ele, o que garante a saúde e a
sobrevivência do organismo inteiro e, por conseqüência, a própria. No entanto,
se alguma célula eventualmente se desgarrar e, subitamente, sem nenhum aviso,
passar a atacar as demais e a devorá-las, o corpo todo ficará desarranjado.
Adoecerá gravemente. E se a agressora não for contida, ou imediatamente
eliminada, o conjunto morrerá inexoravelmente. E, com sua morte, os bilhões,
quiçá trilhões de células morrerão também, inclusive, claro, a que deflagrou o
processo destrutivo. Assim são os homens. Atuando de forma egoística, o que
conseguem é, apenas, “adoecer” o corpo social. E se o “remédio” não for logo aplicado,
ou não se mostrar eficaz, todo o organismo haverá de se extinguir fatalmente
(no caso, a humanidade).
Este terceto com que o poeta
Augusto dos Anjos encerra o soneto “Último credo” ilustra bem a necessidade de
um sentido coletivo na atuação de cada indivíduo que compõe a nossa espécie:
“Creio, como o filósofo mais
crente,
na generalidade decrescente
com que a substância cósmica
evolui...
Creio, perante a evolução imensa,
que o homem universal de amanhã
vença
o homem particular que eu ontem
fui!”.
Só se (ou quando) esta vitória
ocorrer, o ser humano poderá se considerar, de fato, racional. Até lá...
Livros que recomendo:
“Balbúrdia Literária” – José
Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: edir-araujo@hotmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso” – Quinita
Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar
Narciso.
O que comprar:
Cronos e Narciso (crônicas,
Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é
reduzido à exaustão dos momentos, este livro de Pedro J. Bondaczuk reaviva a
fome de transcendência! (Nei Duclós, escritor e jornalista).
– Preço: R$ 23,90.
Lance fatal (contos,
Editora Barauna, 73 páginas) – Um lance, uma única e solitária jogada, pode
decidir uma partida e até um campeonato, uma Copa do Mundo. Assim como no jogo
– seja de futebol ou de qualquer outro esporte – uma determinada ação,
dependendo das circunstâncias, decide uma vida. Esta é a mensagem implícita nos
quatro instigantes contos de Pedro J. Bondaczuk neste pequeno grande livro.
– Preço: R$ 20,90.
Como comprar:
Pela internet – WWW.editorabarauna.com.br
– Acessar o link “Como comprar” e seguir as instruções.
Em livraria – Em
qualquer loja da rede de livrarias Cultura espalhadas pelo País.
No comments:
Post a Comment