Thursday, September 25, 2014

O homem ainda tem longo caminho a percorrer até entender, no fundo da sua alma, que seu papel no mundo é o de ser parte de um todo e que sua vida será um fracasso caso se volte exclusivamente para o individual, em detrimento do coletivo. Não se trata de abrir mão da individualidade, mas de colocá-la a serviço do grupo. Podemos ilustrar essa situação com o que ocorre no nosso corpo. Somos integrados por bilhões, quiçá trilhões, de células, cada uma com sua individualidade e vida próprias. Nascem, crescem, se reproduzem e morrem, como todos nós. Todavia, cada qual executa sua função, integrada ao todo, nunca em oposição a ele, o que garante a saúde e a sobrevivência do organismo inteiro e, por conseqüência, a própria. No entanto, se alguma célula eventualmente se desgarrar e, subitamente, sem nenhum aviso, passar a atacar as demais e a devorá-las, o corpo todo ficará desarranjado. Adoecerá gravemente. E se a agressora não for contida, ou imediatamente eliminada, o conjunto morrerá inexoravelmente. E, com sua morte, os bilhões, quiçá trilhões de células morrerão também, inclusive, claro, a que deflagrou o processo destrutivo. Assim são os homens. Atuando de forma egoística, o que conseguem é, apenas, “adoecer” o corpo social. E se o “remédio” não for logo aplicado, ou não se mostrar eficaz, todo o organismo haverá de se extinguir fatalmente (no caso, a humanidade).


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Este terceto com que o poeta Augusto dos Anjos encerra o soneto “Último credo” ilustra bem a necessidade de um sentido coletivo na atuação de cada indivíduo que compõe a nossa espécie:

“Creio, como o filósofo mais crente,
na generalidade decrescente
com que a substância cósmica evolui...

Creio, perante a evolução imensa,
que o homem universal de amanhã vença
o homem particular que eu ontem fui!”.

Só se (ou quando) esta vitória ocorrer, o ser humano poderá se considerar, de fato, racional. Até lá...

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