O que trazemos escondido no fundo da mente, no
inconsciente ou no subconsciente, é um mistério insondável para nós e para os
outros. Pode ser um impulso irreprimível e inexplicável para o bem, que venha,
certo dia, sem aviso, a aflorar e nos tornar heróis ou santos. Mas é possível,
também, que lá estejam adormecidos monstros cruéis e sanguinários,
incontroláveis demônios, que talvez nunca venham a emergir, ou que, quando
menos se esperar, venham furiosamente à tona e causem pasmo e terror não apenas
a nós mesmos, mas a todas as pessoas do nosso círculo de relacionamentos. Nunca
sabemos quais e quantos impulsos para o bem ou para o mal estão trancados a
sete chaves nestes misteriosos e indevassáveis compartimentos da mente, que o
escritor John Steinbeck denomina de “lagos secretos”. São inúmeros os casos de pessoas que se
comportam com correção e bondade durante boa parte da vida, mas que,
subitamente, sem aviso prévio, para surpresa geral, cometem atrocidades imensas.
São pais que matam filhos por banalidades; filhos que trucidam pais para
antecipar a posse de heranças; cônjuges que juravam mútuo amor eterno e que,
subitamente, assassinam a pessoa que garantiam amar, com requintes de crueldade
e, não contentes, retalham os cadáveres, no afã de ocultar o horrendo delito.
Há casos e mais casos como esses a abarrotarem as páginas policiais dos jornais
do mundo todo.
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Nunca sabemos se a nossa mente é um lago sereno,
repleto de vida, plácido e benigno, com inúmeros peixes a nadar, ou se é o tão
falado Lochness da Escócia, com seu suposto monstro a aterrorizar os que passam
nas cercanias. John Steinbeck escreveu o seguinte, a propósito, no romance “A
Leste do Éden”: “Talvez todos nós tenhamos um lago secreto em que as coisas
sinistras germinam e se tornam fortes. Mas essa cultura é reprimida e a prole
sobe pelas encostas apenas para tornar a cair. Não é possível que nos lagos
escuros de alguns homens o mal se torne forte o bastante para pular a cerca e
ficar livre? Um homem assim não seria nosso monstro e não estaríamos
relacionados com ele em nossas águas ocultas? Seria absurdo se não
compreendêssemos tanto os anjos como os demônios, já que os inventamos”.
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