Sunday, September 21, 2014


O que trazemos escondido no fundo da mente, no inconsciente ou no subconsciente, é um mistério insondável para nós e para os outros. Pode ser um impulso irreprimível e inexplicável para o bem, que venha, certo dia, sem aviso, a aflorar e nos tornar heróis ou santos. Mas é possível, também, que lá estejam adormecidos monstros cruéis e sanguinários, incontroláveis demônios, que talvez nunca venham a emergir, ou que, quando menos se esperar, venham furiosamente à tona e causem pasmo e terror não apenas a nós mesmos, mas a todas as pessoas do nosso círculo de relacionamentos. Nunca sabemos quais e quantos impulsos para o bem ou para o mal estão trancados a sete chaves nestes misteriosos e indevassáveis compartimentos da mente, que o escritor John Steinbeck denomina de “lagos secretos”.  São inúmeros os casos de pessoas que se comportam com correção e bondade durante boa parte da vida, mas que, subitamente, sem aviso prévio, para surpresa geral, cometem atrocidades imensas. São pais que matam filhos por banalidades; filhos que trucidam pais para antecipar a posse de heranças; cônjuges que juravam mútuo amor eterno e que, subitamente, assassinam a pessoa que garantiam amar, com requintes de crueldade e, não contentes, retalham os cadáveres, no afã de ocultar o horrendo delito. Há casos e mais casos como esses a abarrotarem as páginas policiais dos jornais do mundo todo.


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Nunca sabemos se a nossa mente é um lago sereno, repleto de vida, plácido e benigno, com inúmeros peixes a nadar, ou se é o tão falado Lochness da Escócia, com seu suposto monstro a aterrorizar os que passam nas cercanias. John Steinbeck escreveu o seguinte, a propósito, no romance “A Leste do Éden”: “Talvez todos nós tenhamos um lago secreto em que as coisas sinistras germinam e se tornam fortes. Mas essa cultura é reprimida e a prole sobe pelas encostas apenas para tornar a cair. Não é possível que nos lagos escuros de alguns homens o mal se torne forte o bastante para pular a cerca e ficar livre? Um homem assim não seria nosso monstro e não estaríamos relacionados com ele em nossas águas ocultas? Seria absurdo se não compreendêssemos tanto os anjos como os demônios, já que os inventamos”.

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