O OBJETIVO PRIORITÁRIO DO ESCRITOR
Todo escritor (salvo exceções) é, em certa medida, idealista. Tem
algum tipo de mensagem a transmitir ao mundo, caso contrário, não
escreveria. Ninguém o obriga a fazê-lo. Duvido, porém, que algum
deles, quando se propõe a produzir um livro, esteja de olho,
“apenas” no dinheiro que este poderá render. Se estiver,
certamente é um alienado. Dá para contar nos dedos de uma só mão
(e ainda assim, provavelmente, ficarão de fora o anular e o
indicador) quantos escritores enriqueceram, apenas, com Literatura.
Pondero que não considero como tal essa enxurrada de lixo cultural
que algumas editoras nos impingem e que, para o nosso aborrecimento e
desgosto, lhes assegura o faturamento e lucros consideráveis nos
balanços de fim de ano em detrimento do que vale a pena ser escrito,
impresso, publicado e, sobretudo, lido. Quando proponho, portanto,
que o escritor divulgue, por todos os meios possíveis ao seu
alcance, o fruto do seu tremendo trabalho (e quem escreve sabe do
desgaste físico, mental e, principalmente, psicológico e emocional
que isso implica), não penso, evidentemente, em cifrões. Mas... se
essa ação impulsionar vendas, pergunto: que mal haverá nisso?
Significará, caso eu consiga me tornar um best-seller, que sou
mercenário? O lucro (caso venha) será consequência, nunca
objetivo.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Sambista de São
Paulo
Quando
se diz de Adoniran Barbosa haver ele sido o sambista de São Paulo, a
pronta aceitação do epiteto já tornado lugar comum leva nos a
esquecer amiúde sua significação mais fundamental. Ele não fez
jus ao epiteto pelo simples fato de aqui ter nascido e de aqui ter
sempre vivido, nem tampouco por aqui ter produzido, superiormente
embora, um simulacro daquilo de que o Rio detinha a patente e de que
fornecia os estereótipos. Mereceu, antes e acima de tudo, porque
conseguiu criar um samba diferencialmente paulista. Essa
diferencialidade se ostenta, desde logo, no uso habilidoso para fins
de um humor por vezes tragicômico, da fala acaipirada, aqui e ali
engastada de um italianismo que se ouve nas ruas da cidade e de que
Adoniran tirava efeitos saborosos, como o staccato do "dindin
donde" e o melodramático de "cada tauba que caía, doía
no coração", de "Saudosa Maloca", ou então a
"lâmpida" – homem de quem "As Mariposas" –
mulheres – dão "vorta em vorta".
(José
Paulo Paes, no ensaio "Samba, estereótipos, desforra"
publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 19 de dezembro de 1982 e
reproduzido no livro "Figuras do Brasil - 80 autores em 80 anos
de Folha").
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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