Friday, July 13, 2018

Reflexão do dia


NÃO DEVEMOS NOS CONFORMAR COM ERROS E 

INJUSTIÇAS

Não devemos nos conformar, jamais, com erros e injustiças, mesmo os que estiverem estatuídos e fizerem parte dos usos e costumes do nosso povo e de nossas instituições. E estes, convenhamos, não faltam. Pelo contrário, existem em profusão. Claro que há várias formas civilizadas de mostrarmos nosso inconformismo, sem nos colocarmos à margem da sociedade por burlar alguma lei. Nem toda legislação existente é justa e boa. Todavia, se nos recusarmos a nos submeter a elas, estaremos sujeitos às punições por elas previstas. Prevalece o célebre axioma romano: “DURA LEX SED LEX”. As leis são elaboradas por homens como nós, sujeitos a erros e contradições e não raro consagram interesses que não são os da maioria. Devemos denunciá-las, apontar suas falhas e lutar por sua modificação ou revogação, sem, no entanto, burlá-las enquanto estiverem em vigor. Isso não quer dizer que devamos nos conformar com elas. Orson Welles lembra que “os santos e os artistas não se evidenciam na história pelo seu conformismo e é um fato evidente, mas esquecido, de que não existe arte ou artista domado, dominado ou posto de quatro”. O inconformismo sadio e inteligente, portanto, é a melhor forma de contribuirmos construtivamente com a sociedade e com a civilização.


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PESCA EM ÁGUAS TURVAS

Prosseguindo em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova proposta a fazer às editoras. Diz-se que a internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso o que venho tentando, há algum tempo, conferir. Tenho mais um livro, absolutamente inédito, a oferecer. Seu título é: “Dimensões infinitas”, que reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes. Abordo, em linguagem acessível a todos, num estilo coloquial, assuntos tais como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo), o fenômeno da genialidade, a fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das religiões, as tentativas de previsão do futuro e as indagações dos filósofos de todos os tempos sobre nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas. É um livro não somente para ser lido, mas, sobretudo, para ser refletido. Meu desafio continua sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas turvas”. Ou seja, é o de motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela e nem tenha que contar com algum padrinho, mas apenas pela internet, e sem que eu precise bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para fecharmos negócio, basta que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse, pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com. Quem se habilita?


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CITAÇÃO DO DIA:


Negação do estereótipo 

A cisão entre a cultura e a “mass culture” é o que define a obra de homens como Joyce, Kafka, que fizeram desta cisão uma poética. Disseram que o artista é aquele que nega o estereótipo da cultura de massa. Assim, a palavra hermética seria a única defesa contra a manipulação. O artista é o único que resiste, com sua linguagem que vai se aproximando mais e mais do silêncio. É uma posição suicida e ao mesmo tempo importantíssima. 

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Êxito é o problema 

Welles foi sacrificado porque sabia fazer bem demais. Mas isso é raro agora. Hoje não é quase possível ser um pintor fracassado. Porque vão buscar o fracassado e o comercializam como pintor fracassado. O problema do artista hoje é o êxito.

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Sucesso pernicioso 

Os melhores romancistas dos últimos 30 anos não conseguiram sobreviver ao êxito do primeiro romance. Exemplos: Salinger ou Mailer, que para manter o marketing teve de virar até boxeador e tentar matar a mulher.

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Fracasso parcial 

O êxito legítimo não existe. O artista vive sempre um fracasso parcial. Se ele pensa que triunfou, fracassa. A lógica da arte é de que o melhor virá depois.

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Cabe ao artista 

Por mais que o capitalismo queira mostrar que as coisas vão bem, cabe aos artistas deixar claro que as coisas não vão tão bem assim. O artista mostra o que não vai bem.

(Ricardo Piglia, escritor argentino).


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