NÃO DEVEMOS NOS CONFORMAR COM
ERROS E
INJUSTIÇAS
Não devemos nos conformar,
jamais, com erros e injustiças, mesmo os que estiverem estatuídos e
fizerem parte dos usos e costumes do nosso povo e de nossas
instituições. E estes, convenhamos, não faltam. Pelo contrário,
existem em profusão. Claro que há várias formas civilizadas de
mostrarmos nosso inconformismo, sem nos colocarmos à margem da
sociedade por burlar alguma lei. Nem toda legislação existente é
justa e boa. Todavia, se nos recusarmos a nos submeter a elas,
estaremos sujeitos às punições por elas previstas. Prevalece
o célebre axioma romano: “DURA LEX SED LEX”.
As leis são elaboradas por homens como nós, sujeitos a erros e
contradições e não raro consagram interesses que não são os da
maioria. Devemos denunciá-las, apontar suas falhas e lutar por sua
modificação ou revogação, sem, no entanto, burlá-las enquanto
estiverem em vigor. Isso não quer dizer que devamos nos conformar
com elas. Orson Welles lembra que “os santos e os artistas não se
evidenciam na história pelo seu conformismo e é um fato evidente,
mas esquecido, de que não existe arte ou artista domado, dominado ou
posto de quatro”. O inconformismo sadio e inteligente, portanto, é
a melhor forma de contribuirmos construtivamente com a sociedade e
com a civilização.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Negação do
estereótipo
A
cisão entre a cultura e a “mass culture” é o que define a obra
de homens como Joyce, Kafka, que fizeram desta cisão uma poética.
Disseram que o artista é aquele que nega o estereótipo da cultura
de massa. Assim, a palavra hermética seria a única defesa contra a
manipulação. O artista é o único que resiste, com sua linguagem
que vai se aproximando mais e mais do silêncio. É uma posição
suicida e ao mesmo tempo importantíssima.
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Êxito é o
problema
Welles
foi sacrificado porque sabia fazer bem demais. Mas isso é raro
agora. Hoje não é quase possível ser um pintor fracassado. Porque
vão buscar o fracassado e o comercializam como pintor fracassado. O
problema do artista hoje é o êxito.
***
Sucesso
pernicioso
Os
melhores romancistas dos últimos 30 anos não conseguiram sobreviver
ao êxito do primeiro romance. Exemplos: Salinger ou Mailer, que para
manter o marketing teve de virar até boxeador e tentar matar a
mulher.
***
Fracasso
parcial
O
êxito legítimo não existe. O artista vive sempre um fracasso
parcial. Se ele pensa que triunfou, fracassa. A lógica da arte é de
que o melhor virá depois.
***
Cabe ao artista
Por mais
que o capitalismo queira mostrar que as coisas vão bem, cabe aos
artistas deixar claro que as coisas não vão tão bem assim. O
artista mostra o que não vai bem.
(Ricardo
Piglia, escritor argentino).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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