Sou visceralmente contrário à
mania que determinadas pessoas têm de apor rótulos a textos literários. Muito
sujeitinho arrogante, que arrota pretenso bom-gosto, torce o nariz, por
exemplo, diante de um soneto de Olavo Bilac, de algum poema de Castro Alves ou
de um Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos ou Capistrano de Abreu. “Sou moderno e
não gosto dessas velharias”, dizem do alto da sua empáfia, apegados à forma de
se expor uma idéia ou sentimento, sem se dar conta do conteúdo. Se o poema for
parnasiano, ou simbolista, para esses intelectuais de algibeira não presta.
Esquecem-se que essas classificações, por “escolas”, existem, APENAS, para
efeito didático, de estudo da literatura. Nenhum escritor atual está proibido
de escrever como Olavo Bilac, Castro Alves, Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos ou
Capistrano de Abreu, entre outros. O diabo é conseguir fazê-lo. Com esta
baboseira, com esta interpretação equivocada das escolas literárias, estão
conseguindo estereotipar a literatura, notadamente os clássicos brasileiros.
Que bobagem minha gente!
***
Se eu quiser compor um poema que
possa ser classificado como simbolista, explorando com perícia e competência um
tema original, se for rigorosamente correto na forma de me expressar, sem
qualquer erro gramatical, sequer de acentuação ou pontuação, se for,
principalmente, claro e minhas metáforas, apesar de supercriativas, forem
altamente explicativas, ele não terá valor literário algum, por não ser
“moderno”? Para ele ser bom, precisarei violar normas semânticas, eivar cada verso
de neologismos estúpidos e ser contraditório e obscuro? Estou fora! Isso não é
literatura. Pode ser, quando muito, exibicionismo literário. Ademais, o que é
tido e havido como suprassumo da “modernidade”, hoje, mais dia menos dia, será
encarado como antigo, ultrapassado e arcaico pelos que têm noção equivocada de
Literatura e de seus objetivos. Pensem nisso!
Presente de Natal
Dê às pessoas que ama e
admira o melhor dos presentes neste Natal: presenteie com livros. Dessa forma,
você será lembrado não apenas o ano todo, mas por toda a vida.
Livros que recomendo:
“Balbúrdia Literária” – José
Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: nenem138@gmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso” – Quinita
Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar
Narciso.
Com o que presentear:
Cronos e Narciso (crônicas,
Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é
reduzido à exaustão dos momentos, este livro de Pedro J. Bondaczuk reaviva a
fome de transcendência! (Nei Duclós, escritor e jornalista).
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Lance fatal (contos,
Editora Barauna, 73 páginas) – Um lance, uma única e solitária jogada, pode
decidir uma partida e até um campeonato, uma Copa do Mundo. Assim como no jogo
– seja de futebol ou de qualquer outro esporte – uma determinada ação,
dependendo das circunstâncias, decide uma vida. Esta é a mensagem implícita nos
quatro instigantes contos de Pedro J. Bondaczuk neste pequeno grande livro.
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Pela internet – WWW.editorabarauna.com.br
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