Opção ofensiva
Pedro J. Bondaczuk
O
jogo da seleção brasileira de futebol (o segundo sob o comando de Vandelerlei
Luxemburgo), contra o Equador, realizado na quarta-feira, em Washington, apesar
da fragilidade do adversário, foi válido para testar um novo esquema, bem mais
ofensivo do que o adotado na Copa do Mundo. Foi possível ver um time agressivo,
de excelente toque de bola, com os laterais Cafu e Serginho bastante acionados
e a ótima atuação do centro-avante Elber, que estranhamente não ganhou uma
chance de Zagallo para o mundial da França, nem na reserva de Ronaldinho.
O
ponto frágil, mais uma vez, foi a defesa, insegura e atabalhoada. Antonio
Carlos, por exemplo, mostrou que não está em boa fase, embora seja de se
destacar a boa atuação do central César, da Portuguesa, que jogou com seriedade
e eficiência. Outro destaque foi o goleiro Rogério, que revelou boa colocação e
saídas perfeitas do gol, sempre que exigido. Houve, no entanto, falhas de
cobertura do meio de campo às descidas dos dois laterais, propiciando
contra-ataques perigosos aos equatorianos. Fosse outro o adversário, (Holanda,
Argentina ou Nigéria, por exemplo), e o resultado poderia ser desastroso. No
"frigir dos ovos", no entanto, o jogo valeu como teste.
Destaque-se,
por outro lado, a façanha da seleção brasileira de vôlei masculino, que
conquistou, de forma invicta, a Copa América na Argentina, batendo os
anfitriões, na final, por 3 sets a 2. Com um time mesclado por jogadores
veteranos e experientes (como Maurício, Douglas e Nalbert, por exemplo) e
novatos (como Joel, André, Giba, etc.), a equipe não somente venceu, mas
convenceu. Habilitou-se a ser uma das favoritas (a exemplo da feminina) à
conquista do mundial no Japão. No Campeonato Brasileiro de Futebol, a novidade
ficou por conta da disputa pela artilharia, com Valdir, do Atlético Mineiro,
entrando na briga com Viola e Marcelinho Carioca. Para os campineiros, a
expectativa é quanto à possibilidade da primeira vitória da Ponte Preta fora de
casa, frente ao Goiás, o que deixaria a "Macaca" bem mais longe do
risco do rebaixamento. Pelo menos é o que a torcida espera e exige.
(Artigo
divulgado na revista eletrônica "Barão Virtual", na Internet, na
primeira quinzena de dezembro de 1998)
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