TEMOR PELO JULGAMENTO DA
POSTERIDADE
Platão escreveu, em determinado
trecho do livro “Fedro”: “As obras de um pintor mostram-se a nós como se
estivessem vivas; mas, se as questionarmos, elas mantêm o mais altivo silêncio.
O mesmo se dá com as palavras escritas: parecem falar conosco como se fossem
inteligentes, mas, se lhes perguntamos qualquer coisa com respeito ao que
dizem, por desejarmos ser instruídos, elas continuam para sempre a nos dizer
exatamente a mesma coisa”. Você já pensou nisso alguma vez? Não?! Eu sim!
Penso, e me aflijo, a todo o momento com os possíveis efeitos e com o destino do
que escrevo. Até porque, fiz desse ato, de extrema responsabilidade, mais do
que trivial forma de comunicação, mas profissão, ofício, empreendimento e minha
forma de ganhar o pão nosso de cada dia. Temo, no entanto, pelo julgamento, por
parte da posteridade, do que escrevo, principalmente quando não estiver mais
entre os vivos para me explicar, justificar ou retificar o que escrevi, quando
for o caso.
EM QUE MÃOS NOSSOS TEXTOS PODEM
CAIR?
Platão escreveu: “Uma vez que
algo foi escrito, a composição, seja qual for, espalha-se por toda a parte,
caindo em mãos não só dos que a compreendem, mas também dos que não têm relação
alguma com ela; não sabe como se dirigir às pessoas certas e não se dirigir às
erradas. E, quando é maltratada ou injustamente ultrajada, precisa sempre que o
seu pai lhe venha em socorro, sendo incapaz de se defender ou de cuidar de si
própria”. Entenderam as colocações de Platão? Têm certeza de que ele, de fato,
escreveu o que vocês entenderam? Pois o cuidado que o filósofo teve, ao expor
suas idéias (aliás, neste caso, as do seu mestre Sócrates) com tamanha clareza
e simplicidade, é o mesmo que devemos ter na redação de um romance, um conto,
uma crônica, uma reportagem ou, até mesmo, um reles bilhete. Por que? Porque
não temos a mínima certeza sobre em que mãos esses textos irão cair. Se houver
algum equívoco, ou dubiedade, ou imprecisão, ou impropriedade, não haverá
nenhuma forma, por mínima que seja, de se defender ou de se explicar. Porquanto
a palavra, a despeito de todo o seu tremendo poder, pelo menos neste caso, é absolutamente
indefesa.
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