O que sou? Essa é uma pergunta
que bilhões de pessoas, ao longo do tempo, vêm fazendo a si próprias (não raro,
inconscientemente, sem sequer se darem conta) e que não conseguiram chegar a
uma conclusão sequer razoável, quanto mais definitiva. A todo instante, ficamos
surpresos, senão atônitos, conosco mesmos. Volta e meia, por exemplo,
descobrimos, no fundo de nossas mentes, idéias (construtivas ou não, não
importa) que sequer atinávamos que tínhamos. Vez por outra, praticamos ações
que contrariam nossas mais profundas convicções. Desafiados, meio às cegas,
atingimos objetivos que intimamente não acreditávamos que pudéssemos alcançar.
Que força misteriosa nos moveu para praticar essa façanha? O oposto também
ocorre. Decepcionamo-nos conosco mesmos, com fracassos que julgávamos
impossíveis de nos atingir, mas que atingiram, por superestimarmos nossas
capacidades. “Identidade! Essa era a palavra, chave para todos os problemas
humanos!”, constata Morris West, no romance “O Embaixador”. Desde o nascimento,
até a morte, é o que buscamos encontrar, consolidar e impor, não apenas ao
mundo, mas a nós mesmos. Conseguiremos? Sou cético a esse propósito. Podemos
até chegar perto da resposta à questão “o que sou?”, mas sempre restará uma
dúvida em nosso espírito, sempre haverá novas surpresas (positivas ou
negativas), conservando e não raro ampliando nossa insegurança a propósito.
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Claro que não sairemos por aí
apregoando que não temos certeza sequer do que somos. Ninguém faz isso. Se o
fizer, certamente, será considerado insano ou, no mínimo, para ser mais suave,
neurótico. Temos, é fato, vaga e intuitiva compreensão de quem somos e como nos
ligamos aos semelhantes e ao misterioso universo em cujo recôndito cantinho
vivemos. Não fosse assim, não teríamos nem como sobreviver. Sozinhos não somos
nada. Precisamos dos outros para assegurar nossa sobrevivência. Ninguém,
absolutamente ninguém, por maiores que sejam seus talentos e habilidades, é
auto-suficiente. Morris West propõe um teste para comprovar sua tese:
“Ponham-no (um homem) numa cela
acusticamente isolada, separem-no da visão, som e toque do mundo, e em pouco
tempo o terão reduzido à loucura e à desordem física”. Alguém duvida?! Se a
resposta for positiva, por favor, não
façam a experiência. Será cruel demais!
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Livros que recomendo:
“Balbúrdia Literária” – José
Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: edir-araujo@hotmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso” – Quinita
Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar
Narciso.
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Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é
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decidir uma partida e até um campeonato, uma Copa do Mundo. Assim como no jogo
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dependendo das circunstâncias, decide uma vida. Esta é a mensagem implícita nos
quatro instigantes contos de Pedro J. Bondaczuk neste pequeno grande livro.
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