O que é o tempo? É mera abstração. É uma convenção
humana, para medir o quanto a Terra (que tem o formato arredondado, mas não
exatamente de uma bola, mas o que lembra a forma de uma pêra) leva para dar uma
volta completa em torno do seu eixo imaginário. E, no entanto... ele é tão
concreto! A criação desse conceito foi o maior avanço da mente humana em termos
de racionalidade. Trata-se de um prodígio de abstração e que, no entanto, tem
um efeito tão concreto nas ciências, notadamente na Física! Tão complexo quanto
ele, é sua subdivisão, em passado, presente e futuro. Nenhum tema suscita mais
profunda reflexão do que este, sem que cheguemos à mínima conclusão. Como
exercício mental, de raciocínio e abstração, é insuperável. Entendo que seja
saudável refletir sobre o assunto, para ampliar o alcance da nossa mente.
Alguns pensadores, por exemplo, asseguram que o “presente” não existe, tão
rápida é a sua passagem. Como mensurá-lo?
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A fração infinitésima de segundo que estou vivendo
agora, mal me dou consciência dela, já é passado. No instante em que a
registrei neste texto, na telinha do meu computador, já havia se escoado há uma
“eternidade”, ou seja, há uns dois ou três segundos. A que está imediatamente à
frente, mais veloz do que a luz, é o futuro. Como, pois, captá-la? Em
compensação, o filósofo alemão, Arthur Schopenhauer, afirma exatamente o
contrário do que asseguram esses doutos pensadores. Ou seja, que só o presente
existe. E no que fundamenta essa ousada afirmação, remando contra a maré?
Noutra abstração, claro. Afinal, estamos tratando de conceitos, ou seja, de
matéria abstrata. O filósofo alemão diz o seguinte, no livro “O Mundo como
Vontade e Representação” (citado, por sua vez, por Jorge Luiz Borges em outro
livro, “História da Eternidade”): “A forma de aparecimento da vontade é só o
presente, não o passado nem o futuro: estes só existem para o conceito e pelo
encadeamento da consciência, submetida ao princípio da razão. Ninguém viveu no
passado, ninguém viverá no futuro: o presente é a forma de toda a vida”.
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