Prefeito do ano 2000
Pedro J. Bondaczuk
O eleitor campineiro escolhe, nas próximas horas, o
prefeito que vai virar o milênio no Palácio dos Jequitibás. Seu sucessor será
eleito apenas nas eleições de 2000, com fortes possibilidades de reeleição,
já que tudo indica que esta será aprovada pelo Congresso para todos os
cargos executivos.
Quem será o escolhido? Francisco Amaral? Célia Leão?
Compete ao cidadão responder com seu voto, de forma consciente, livre e
soberana, ciente da responsabilidade que a escolha implica. O processo
eleitoral não é (ou pelo menos não deveria ser encarado dessa maneira) mero
jogo político, partidário ou ideológico.
O eleitor vai estar passando uma procuração a um dos
candidatos para que administre o patrimônio comum de Campinas em seu nome.
Será, portanto, cúmplice dos erros e copartícipe dos acertos daquele que for o
escolhido.
A cidade, mesmo havendo apresentado um progresso
visível, fruto do trabalho dos seus habitantes, nos últimos anos, tem uma soma
enorme de problemas que serão da competência do próximo prefeito resolver. A
violência é hoje uma das questões que mais angustiam o campineiro, embora se
trate de um fenômeno não somente nacional, mas mundial.
Apesar da segurança ser prerrogativa do Estado e não
do município, há algumas medidas simples que o administrador municipal pode e
deve tomar para que cada cidadão se sinta mais seguro na sua cidade.
Saúde, educação, habitação e transportes públicos,
nesta ordem, são outras prioridades de quem for eleito. O campineiro conhece de
sobejo os projetos dos candidatos para essas questões, expostos ao longo do
período de propaganda eleitoral que antecedeu os dois turnos.
Compete-lhe, doravante, ficar atento e cobrar o
cumprimento dessas promessas, que não devem cair no vazio, mas se transformar
em compromissos sérios, para valer. Embora os dois postulantes ao Palácio dos
Jequitibás tenham apresentado propostas interessantes, apenas as de um deles
vão vingar. Quais serão? As de Francisco Amaral? As de Célia Leão?
O ideal seria que as dos dois candidatos fossem
postas em prática pelo eleito. Num processo democrático, não há vencedores e
nem vencidos. Todos ganham. A democracia é a ganhadora. A cidade lucra. Do
eleito espera-se a consciência de que vai governar para todos os campineiros e
não apenas para os que votaram nele.
A quem não conseguir o consenso da maioria, resta
colaborar para uma boa gestão de quem se elegeu, fiscalizando, fazendo críticas
construtivas e transformando sua oposição em uma atitude positiva. É o bem de Campinas
que todos queremos, eleitores e candidatos. Por isso, só resta comparecer às
urnas e votar com consciência. A democracia agradece.
(Artigo escrito em 11 de novembro de 1996)
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