ALGUNS REQUISITOS PARA SE TORNAR (BOM) ESCRITOR
Há muito literato em potencial por aí que sequer desconfia disso.
Há quem componha poemas maravilhosos, para a namorada, para a
esposa, para alguma bela mulher que sequer conheça e que nem por
isso se julga poeta, mesmo sendo, de fato, um. Para alguns, falta,
apenas, um empurrãozinho, um incentivo a mais dos parentes e amigos
e, não raro, uma orientação a propósito de quem já é do ramo.
Tenho a felicidade de, ao longo da minha já extensa carreira (são
mais de 50 anos de janela!) haver “descoberto” para o mundo das
letras vários desses inequívocos talentos. Muitos deles são, hoje,
escritores consagrados (há, até, quem já ocupe cadeira em uma das
tantas academias de letras). Se alguém lhes dissesse, há alguns
anos, que um dia viriam a se tornar poetas acatados, romancistas de
mão cheia, campeões de vendas de livros, certamente se mostrariam
céticos e até poderiam se zangar conosco. São estranhos os
caminhos da vida. Claro que para se tornar um escritor, de fato, não
basta o sujeito rabiscar seus íntimos desabafos, ou num diário, ou
num blog, ou num caderno destinado a esse fim. São necessários
vários e vários outros requisitos. Entre estes, destaco muito
estudo, muita observação, muito treino; muito escrever, rasgar,
tornar a escrever, tornar a rasgar e repetir esse exercício uma
infinidade de vezes, até produzir um texto que lhe agrade em
primeiro lugar, condição primária para adquirir possibilidade de
agradar a terceiros.
@@@
CITAÇÃO DO DIA:
Tempestade de amor
Se
uma tempestade de amor caísse!
(Carlos
Drummond de Andrade).
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