Nos
EUA, fiscalização é difícil
Pedro J. Bondaczuk
Nos
Estados Unidos, há algum tempo, vêm sendo aplicadas penas de restrições a
direitos, ao invés das restritivas da liberdade, para pequenos delitos.
Todavia, esse procedimento não tem caráter nacional, até porque cada Estado tem
sua própria legislação.
Os
juizes relutam em adotar tal prática, pela mesma razão que dificulta sua adoção
no Brasil: a dificuldade de fiscalizar o cumprimento do castigo. Apenas
pequenas comunidades aderiram a esse sistema.
Los
Angeles, tempos atrás, tentou fazer essa experiência, mas logo os juizes locais
desistiram dela. Em Nova York, igualmente, não deu certo. Algumas comunidades
norte-americanas instituíram tribunais juvenis, para julgar casos de pequena
importância, em processos de caráter sumaríssimo.
Há
alguns anos, o programa "Fantástico", da "Rede Globo",
mostrou uma dessas experiências bem sucedidas, em que os autores de pequenos
delitos eram obrigados a prestar serviços comunitários para não irem para a
cadeia.
Todavia,
se tratava de uma cidade pequena. Os próprios moradores tinham condições de
fiscalizar se os punidos estavam ou não cumprindo a pena. Inclusive nos casos
de liberdade condicional a Justiça norte-americana enfrenta dificuldades, com
muitos dos prisioneiros deixando de se apresentar aos seus respectivos tutores.
(Artigo
publicado na página 44, Polícia, do Correio Popular, em 11 de abril de 1991).
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