A FIDELIDADE ESSENCIAL
A fidelidade é uma das mais nobres virtudes, que se torna
(infelizmente) cada vez mais rara nos dias que correm. Somente sendo
fiéis – às pessoas, aos princípios, às causas que nos
empolguem, aos nobres ideais e aos valores que cultivarmos e,
sobretudo, a nós mesmos – nos tornamos plenamente confiáveis.
Apenas agindo dessa forma teremos o direito de exigir reciprocidade
dos outros. Ou seja, que os que nos rodeiam e que convivem conosco
ajam da mesma forma. A fidelidade essencial, contudo, que devemos
levar às últimas consequências, é para com quem amamos. É em
relação a quem nos dedique (e por quem venhamos a nutrir) amizade.
É para quem confie no nosso talento e na nossa capacidade produtiva
e nos prestigie quando o mundo todo nos vira as costas e se volta
contra nós. Há pessoas assim? Não sei! Respondam vocês. Eu, da
minha parte, creio que haja.
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PESCA
EM ÁGUAS TURVAS
Prosseguindo
em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova
proposta a fazer às
editoras. Diz-se que a
internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso
o que venho tentando,
há já algum
tempo, conferir. Tenho
mais um livro,
absolutamente inédito, a oferecer.
Seu título é: “Dimensões
infinitas”, que
reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes.
Abordo, em linguagem acessível a todos, num
estilo coloquial, assuntos tais
como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo),
o fenômeno da genialidade, a
fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de
Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das
religiões, as tentativas de previsão
do futuro e as indagações dos filósofos de
todos os tempos sobre
nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas.
É um livro não
somente para ser lido, mas, sobretudo, para
ser refletido.
Meu desafio continua
sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas
turvas”. Ou seja, é
o de
motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela
e nem tenha que contar com algum padrinho, mas
apenas pela internet, e sem que eu precise
bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei
nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para
fecharmos negócio, basta
que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse,
pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do
Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com.
Quem se habilita?
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CITAÇÃO DO DIA:
Industrial da
arte
No
pós-modernismo, o artista deixa de ser o artesão em que o
transformara a era industrial para tornar-se uma espécie de
microempresário. Não há mais movimentos literários reunidos em
torno a uma filosofia ou a uma estética, como o romantismo, o
expressionismo, o surrealismo etc., mas apenas empreendedores
isolados que fornecem sua mercadoria de acordo com as demandas do
mercado – o que mais se vende no momento ou que melhor fixa e
perpetua a marca desse ou daquele autor – e que produzem vários
produtos diferentes, de acordo com o destinatário, como, por
exemplo, os jornais ou as coleções especializadas em diversos
gêneros (histórico, policial, erótico, etc.), e até trabalham sem
assinar, como roteiristas, adaptadores ou escritores fantasmas que
vendem matéria-prima literária a todos aqueles que, sem saber
escrever, também querem produzir literatura.
***
Marginalização
da arte
No
democratismo não se proíbe nada ou quase nada: esmaga-se qualquer
aceno de independência a partir de uma posição de predomínio
econômico, informativo, institucional. A arte é marginalizada e,
para os produtos industriais, a publicidade maciça e onipresente e a
comunicação empresarial dirigida à mídia, em que já está
sugerido de antemão o que se deve dizer do produto, tornam toda
crítica supérflua.
(Juan
José Saer, ensaísta argentino, ensaio "O democratismo
totalitário pós-moderno" publicado no suplemento "Mais!"
da Folha de S. Paulo, 21 de outubro de 2001).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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