Sunday, June 17, 2018

Reflexão do dia


A FIDELIDADE ESSENCIAL

A fidelidade é uma das mais nobres virtudes, que se torna (infelizmente) cada vez mais rara nos dias que correm. Somente sendo fiéis – às pessoas, aos princípios, às causas que nos empolguem, aos nobres ideais e aos valores que cultivarmos e, sobretudo, a nós mesmos – nos tornamos plenamente confiáveis. Apenas agindo dessa forma teremos o direito de exigir reciprocidade dos outros. Ou seja, que os que nos rodeiam e que convivem conosco ajam da mesma forma. A fidelidade essencial, contudo, que devemos levar às últimas consequências, é para com quem amamos. É em relação a quem nos dedique (e por quem venhamos a nutrir) amizade. É para quem confie no nosso talento e na nossa capacidade produtiva e nos prestigie quando o mundo todo nos vira as costas e se volta contra nós. Há pessoas assim? Não sei! Respondam vocês. Eu, da minha parte, creio que haja.

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PESCA EM ÁGUAS TURVAS

Prosseguindo em minha tentativa de “pesca em águas turvas”, tenho uma nova proposta a fazer às editoras. Diz-se que a internet dá visibilidade a escritores e facilita negócios. É isso o que venho tentando, há algum tempo, conferir. Tenho mais um livro, absolutamente inédito, a oferecer. Seu título é: “Dimensões infinitas”, que reúne 30 ensaios sobre temas dos mais variados e instigantes. Abordo, em linguagem acessível a todos, num estilo coloquial, assuntos tais como as dimensões do universo (tanto do macro quanto do microcosmo), o fenômeno da genialidade, a fragilidade dos atuais aparatos de justiça, o mito da caverna de Platão, a secular busca pelo lendário Eldorado, o surgimento das religiões, as tentativas de previsão do futuro e as indagações dos filósofos de todos os tempos sobre nossa origem, finalidade e destino, entre outros temas. É um livro não somente para ser lido, mas, sobretudo, para ser refletido. Meu desafio continua sendo o mesmo de quando iniciei esta tentativa de “pesca em águas turvas”. Ou seja, é o de motivar alguma editora a publicá-lo, sem que eu precise ir até ela e nem tenha que contar com algum padrinho, mas apenas pela internet, e sem que eu precise bancar a edição (já que não tenho recursos para tal). Insistirei nesta tentativa todos os dias, sem limite de tempo. Para fecharmos negócio, basta que a eventual editora interessada (e espero que alguma se interesse, pois o produto é de qualidade) entre em contato comigo no inbox do Facebook ou pelo e-mail pedrojbk@gmail.com. Quem se habilita?


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CITAÇÃO DO DIA:


Industrial da arte 

No pós-modernismo, o artista deixa de ser o artesão em que o transformara a era industrial para tornar-se uma espécie de microempresário. Não há mais movimentos literários reunidos em torno a uma filosofia ou a uma estética, como o romantismo, o expressionismo, o surrealismo etc., mas apenas empreendedores isolados que fornecem sua mercadoria de acordo com as demandas do mercado – o que mais se vende no momento ou que melhor fixa e perpetua a marca desse ou daquele autor – e que produzem vários produtos diferentes, de acordo com o destinatário, como, por exemplo, os jornais ou as coleções especializadas em diversos gêneros (histórico, policial, erótico, etc.), e até trabalham sem assinar, como roteiristas, adaptadores ou escritores fantasmas que vendem matéria-prima literária a todos aqueles que, sem saber escrever, também querem produzir literatura.


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Marginalização da arte 

No democratismo não se proíbe nada ou quase nada: esmaga-se qualquer aceno de independência a partir de uma posição de predomínio econômico, informativo, institucional. A arte é marginalizada e, para os produtos industriais, a publicidade maciça e onipresente e a comunicação empresarial dirigida à mídia, em que já está sugerido de antemão o que se deve dizer do produto, tornam toda crítica supérflua.

(Juan José Saer, ensaísta argentino, ensaio "O democratismo totalitário pós-moderno" publicado no suplemento "Mais!" da Folha de S. Paulo, 21 de outubro de 2001).



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