A ordem é exportar
Pedro J. Bondaczuk
A economia brasileira tem uma
dependência excessiva de investimentos externos, que nem sempre são
feitos nos setores em que o País mais precisa, e que apresentam
fortes oscilações. Ora são fartos, ora mínguam. E seu critério
segue a lógica capitalista: é o da maior rentabilidade.
O Brasil precisa exportar mais
manufaturados, e não apenas no âmbito do Mercosul, mas abrindo
novos mercados, onde houver possibilidade de colocação dos nossos
produtos.
Vários economistas têm
observado a falta de agressividade das nossas empresas no que diz
respeito às exportações. Em geral, elas esperam que os "outros"
comprem nossas mercadorias e não fazem muito esforço (às vezes até
nenhum) para vender.
O País somente ficará a
salvo de sustos, como os provocados pelo fracasso econômico dos
"tigres asiáticos", quando depender o mínimo possível de
capitais alheios. Para isso, a ordem, em 1998, deve ser a de
exportar, exportar e exportar. Há tempos nossas vendas externas de
manufaturados vêm "patinando", tendo discretas elevações,
mas muito aquém do crescimento das importações. Estamos recuando
no tempo e voltando ao período em que adquiríamos de tudo no
Exterior e vendíamos, a rigor, apenas nosso café.
(Editorial número dois,
publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 30 de
dezembro de 1997).
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