Tuesday, June 05, 2018

DIRETO DO ARQUIVO - Mudar sem transigir


Mudar sem transigir



Pedro J. Bondaczuk


É com grande satisfação que comunicamos ao esclarecido leitor algumas mudanças em nossa linha editorial, que há tempos se impunham, e que só agora temos condições de viabilizar. Nossos objetivos, porém, estabelecidos há 27 anos, quando da nossa primeira edição, continuam mais válidos do que nunca. E, mais do que isso, ganham ênfase crescente. Não abrimos mão do empenho de sermos um veículo de comunicação útil ao cidadão, até para justificar o próprio nome deste jornal: Roteiro.

Nossa proposta de traçar a “rota” para o dia a dia das pessoas, auxiliando-as a pautar suas atividades profissionais, sociais e culturais, não apenas permanece de pé, mas será consolidada e ampliada. Uma das mudanças introduzidas (que vão ser implantadas aos poucos, na medida das nossas possibilidades, sempre atentos e receptivos às sugestões, opiniões e críticas) será este contato diário, neste espaço. Apontaremos os problemas da cidade e cobraremos soluções de quem de direito. Mas sempre com isenção, liberdade e responsabilidade.

E por que não o fizemos antes”, perguntarão alguns. Porque não contávamos com repórteres suficientes para detectar, de maneira confiável e clara, as carências e necessidades desta gigantesca metrópole. E o Roteiro é, sobretudo, coerente e responsável: só opina com pleno conhecimento de causa. Para viabilizarmos o projeto de mudanças, com ênfase aos problemas e realizações de Campinas e dos campineiros, estamos reforçando nosso quadro editorial. Passamos a contar com profissionais experientes e gabaritados, que se comprometem a exercer um jornalismo ético, sadio e verdadeiro, baseado nas três premissas básicas da atividade jornalística: informar, formar opinião e prestar serviços à comunidade.

Vamos, como sempre fizemos, focalizar, mais e mais, a ação e a motivação da nossa gente: do médico, do gari, do professor, do caminhoneiro, do comerciante, do jardineiro, do pesquisador, do feirante, do ator, do operário, do engenheiro, do músico, da enfermeira, do físico nuclear, do pedreiro, etc. Vamos enfatizar a atuação daqueles profissionais (não importa o status de que gozem), cuja presença quase nunca é notada, tamanha a assiduidade da sua ação, mas sem os quais a vida se tornaria difícil, senão impossível. Continuaremos sendo isentos, justos, corretos e determinados, sem nos vincularmos a esta ou aquela ideologia, a esta ou aquela corrente de pensamento, a este ou aquele grupo ou partido.

Nosso compromisso é com a verdade. É com a cidadania. É com os legítimos anseios da população. É, sobretudo, com a defesa incansável e permanente dos valores da democracia e dos direitos dos cidadãos. Queremos contribuir para o integral cumprimento do relevante papel que cabe à imprensa para a construção de uma sociedade mais justa, mais humana e mais harmoniosa. Voltaremos ao assunto das mudanças.

(Editorial publicado na página 2, Opinião, do jornal Roteiro, em 21 de setembro de 2002).


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