Saturday, March 17, 2018

DIRETO DO ARQUIVO - Largada da campanha


Largada da campanha



Pedro J. Bondaczuk


O início da campanha eleitoral gratuita pelo rádio e televisão, ocorrido nesta terça-feira, significou o tiro de partida na corrida de milhares de candidatos para convencerem os eleitores a votarem neles, nas eleições municipais de 3 de outubro, nos mais de 5.500 municípios brasileiros. Chegou a hora de verdade tanto para os que postulam uma vaga nas Câmaras de Vereadores, quanto, e principalmente, para os que almejam governar suas cidades. Parece muito tempo, mas não é.


Em Campinas, conforme indicam as pesquisas, quatro candidatos despontam com chances para suceder Izalene Tiene no Palácio dos Jequitibás. Até aqui, lidera a preferência dos eleitores o deputado federal tucano Carlos Sampaio, que tem na sua cola, bem nos seus calcanhares, seu colega de Congresso, o pedetista Hélio de Oliveira Santos, seguido de Jonas Donizette (PSB) e Luciano Zica (PT). Nada, porém, está definido. Longe disso. Até porque, salvo enorme surpresa, certamente as eleições na cidade serão decididas em Segundo Turno, quando as alianças devem contar, e muito.


Apesar da propaganda no rádio e na TV pecar pela falta de criatividade e de imaginação, o que a torna monótona e rejeitada pela maior parte da população, este é um momento sumamente importante. É uma oportunidade para que o cidadão analise cada concorrente, avalie o teor e a viabilidade de suas propostas, pesquise a sua vida pregressa, conheça o seu potencial político e, principalmente, suas aptidões. Qualquer engano na escolha vai penalizar a cidade com uma administração deficiente, com consequentes e pesados ônus para toda a população.


Neste momento da campanha, é bastante prematuro apontar favoritos e azarões, para indicar um vencedor de véspera e ou derrotados liminarmente. É uma ingenuidade fiar-se apenas nas pesquisas para arriscar qualquer prognóstico, em uma cidade como a nossa, cheia de contrastes e de tantas peculiaridades. O quarto colocado de hoje poderá, sem que isso se constitua em nenhuma surpresa, se transformar no ganhador de amanhã. E isso sequer será novidade. Já ocorreu em várias outras ocasiões.


E o que o eleitor espera do futuro prefeito? Espera probidade, transparência, bom senso e, sobretudo, absoluta competência. Que tenha, de fato, soluções para os problemas de Campinas e não apenas um discurso bonito, repleto de promessas (dessas mirabolantes, de que os demagogos usam e abusam, mas sem a mínima chance de serem cumpridas).

Mas o campineiro não vai escolher somente o administrador da cidade. Terá a incumbência de eleger uma nova Câmara, agora com 33 vereadores, aos quais vai caber a tarefa de fiscalizar as ações do prefeito, aprovar as leis de que o município carece, além de definir o orçamento da cidade e decidir sobre os gastos do Poder Público. Trata-se, pois, de função muito mais importante do que os desavisados possam achar.

Os eleitores têm, de hoje até o momento do comparecimento às urnas, exatos 44 dias para refletir, analisar, ponderar e votar, com consciência e responsabilidade, nos candidatos certos para os lugares adequados. Se errar...só vai lhe restar a opção de esperar outros quatro anos para tentar consertar!

(Editorial da Folha do Taquaral de 17 de agosto de 2004).




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