Monday, January 26, 2015

A paixão, em si, é cega, e, a priori, nem é um bem e nem um mal. Cabe-nos direcioná-la, para que se torne uma força irresistível e benigna que atue a nosso favor. Sem ela, nada do que fizermos atingirá a excelência e a perfeição. A paixão é como um legítimo cavalo puro-sangue. Um animal desse tipo, forte, saudável e veloz, pode nos levar com mais rapidez e segurança a qualquer lugar que queiramos. Para isso, porém, é indispensável que seja domado. Se for xucro, nos derrubará da sela antes que sequer consigamos piscar. Para nos ser útil, é indispensável que estabeleçamos com o animal uma relação de mútua confiança, até mesmo de amizade. A paixão também é assim. É mister que se lembre que ela pode ser definida como um comprometimento irrestrito e absoluto, sem dúvidas ou vacilações, com uma pessoa, uma idéia ou uma causa.

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Antes de montarmos no puro-sangue da paixão, é indispensável que tenhamos completa certeza da excelência de quem ou do que queremos conquistar. Ou seja, temos que “domá-la”. Estabelecida, porém, essa convicção, nada é mais seguro e rápido do que, no dorso do “cavalo” da paixão, galoparmos, livres e confiantes, rumo ao sucesso e à felicidade. O humanista Daisaku Ikeda, líder budista japonês, que além de tudo é poeta, nos alerta, contudo, em seu livro “Vida um enigma, uma jóia preciosa”: “Controlar a paixão é como correr num cavalo desembestado. Se as rédeas são relaxadas por um instante, o cavaleiro pode ser jogado fora da sela. O certo é dominar e utilizar as forças e energias, de modo que o cavaleiro e o animal se movam como se fossem um só”. Essa é a cautela que falta a muita gente que se move, apenas, pela paixão, sem nenhum resquício de razão.


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Livros que recomendo:

“Balbúrdia Literária”José Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: edir-araujo@hotmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso”Quinita Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar Narciso.  

O que comprar:

Cronos e Narciso (crônicas, Editora Barauna, 110 páginas) – “Nessa época do eterno presente, em que tudo é reduzido à exaustão dos momentos, este livro de Pedro J. Bondaczuk reaviva a fome de transcendência! (Nei Duclós, escritor e jornalista).Preço: R$ 23,90.

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