Friday, June 14, 2013

Noite, açoite, solidão

Pedro J. Bondaczuk

Noite, açoite, solidão,
tarde fria, agonia,
lua nua pastoreia
mil estrelas na amplidão.

Em cada canto uma sombra,
um fantasma, uma saudade,
em cada estrela uma rima
e em cada rima, você...

Em cada rede que balança,
em cada flor que desabrocha,
em cada lágrima da noite
há um fantasma, uma saudade,
há o mistério de você...

Vagalume vagamundo,
frio olhar do moribundo,
 "mundo, mundo, vasto mundo"...!
Noite, açoite, solidão!

(Poema publicado na "Gazeta do Rio Pardo", em 5 de maio de 1968).


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