Emparedado
Pedro J. Bondaczuk
Estou
emparedado
na valva de
uma concha
que está no
fundo do mar.
Excrescência
que será
pérola um dia:
meu sonho!
Emparedado
numa concha de
nácar
vê
extinguir-se a vida...
Sua visão se
restringe
à valva fria.
É excrescência
que será
pérola um dia...
Hoje é viva
emoção
emparedada.
O Tempo
fá-la-á
pérola sem
vida,
verso sem
ritmo,
canção sem
harmonia!
Ah! Fria
inspiração!
Hoje não
consigo escrever nada!
A minha alma
está presa, emparedada!
(Poema
publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 21 de novembro de
1970).
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