O ponto final
Pedro J. Bondaczuk
Cairão num completo esquecimento,
quando o tempo a minha mente toldar,
e de rugas o meu rosto riscar
e ofuscar-me todo o entendimento,
minha mágoa mais amarga e azeda
e mesmo a mais preciosa emoção,
cada fracasso e cada frustração,
cada beco, passagem ou vereda
deste intrincadíssimo labirinto
da grande dúvida existencial,
daquilo que quero, que penso e sinto.
No tempo está o meu ponto final,
o meu destino comum, indistinto,
a minha neutralidade, afinal.
(Soneto composto em Campinas, em 24 de fevereiro de 1976).
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