Carrossel
Pedro J.
Bondaczuk
Tédio...
O Bonde
Esperança passou...
O menino
grande ficou
sem ter
destino.
Tédio...
Estrelas azuis
sorriem
e pálidas luas
contemplam
a negritude da
alma
do menino.
Tédio...
Rouxinóis
incolores,
flores pretas,
bondes brancos...
Tédio...vagar...tristeza..
Morreu a estrela do mar
que fez o
menino chorar.
Campos roxos,
campas
brancas,
sorrisos
frouxos,
tristezas
francas.
Globo girante,
carrossel
gigante
que não pára,
mas sempre
volta.
O menino tirou
no carbono do
sonho
uma cópia da
vida.
Tédio...
O Bonde
Esperança passou
e deixou o
menino
sem seu
destino...
(Poema
composto em São Caetano do Sul, em 7 de fevereiro de 1964 e publicado na
"Gazeta do Rio Pardo" em 15 de setembro de 1968).
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