Arte livre
Minha arte não
tem amo
e nem patrão,
porquanto
é livre como a
brisa
que corta,
ágil, a amplidão.
Não se prende
a regras
e nem se atém
a normas.
Apenas
expressa a beleza
rústica das
formas.
Minha arte não
tem amo
e nem patrão,
porquanto
é livre como a
borboleta
que sobrevoa
as flores.
Presa, tolhida
em sua
emotiva
expressão,
definha,
gagueja,
murmura
loucuras,
tende a
sucumbir.
É raio de luz
que não se
apaga.
É braço da
cruz,
é herói de
saga.
É escudo de
aço
ou espada,
talvez,
previne o
fracasso
e minha
insensatez.
É canção que
ressoa
melodiosa e
calma,
reflexo fugaz
de sensível
alma.
Dispensa
tutela,
norma, lei ou
guia
e nunca se
prende
a uma
filosofia.
Minha arte é
santa!
É puríssima
emoção!
É agil, é
livre,
sem amo e nem
patrão!
(Poema composto
em Campinas, em 15 de janeiro de 1968).
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