Apelo
Flor delicada
e etérea
dos sonhos,
delírios de angústia,
pétala sutil
da madrugada,
pura açucena
dos campos
da
sensibilidade e sentimento,
desabrochar da
alegria,
faça do meu
desencanto
enfático
cântico de vitória!
Aromatize
nauseabundas cloacas
da inveja,
ódio e maldade
com, de rosas
brancas e amarelas,
inebriante
aroma. Ou do jasmim,
ou da lótus
das meditações.
Que seus
passos sejam leves
asas de
borboletas
e não sangrem
as frágeis pétalas
das fantasias,
sonhos e ideais
com brutais
tacões assassinos
de desejos
inconfessáveis.
Que as mãos
sejam brisas sutis,
os dedos,
sopros da aura,
os lábios,
carícias de asas,
os olhos,
fontes cristalinas,
o mundo,
canteiro, vergel
onde a erva do
desamor,
urtigas,
espinheiros e cardos
que crestam a
humanidade
sejam lançados
nas chamas
que
purificarão a Terra.
Rosa mágica,
rosa de Sharon
que marcou
passagem no tempo
com gestos e
atos
e fatos e
encantos
e a elétrica
empatia
que move a
unidade,
desabroche,
ressurja, renasça
e além de um
poeta e amante,
me erija, me
transforme
em dínamo
gerador de emoções!
(Poema
composto em Campinas, em 9 de agosto de 1978).
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