Dos contrastes
Pedro J. Bondaczuk
Plantei uma semente de fogo
em translúcidos campos de gelo.
Testemunhei o imponderável,
pois nasceu rubra flor de ternura.
Mas quando me dispus a colhê-la
a flor sólida se liquefez
para se transformar numa lágrima,
brilhante, translúcida, salina.
Todavia, o perfume sutil
da flor, de fogo e gelo tecida,
inundou de notáveis contrastes
meu presente, toda minha vida.
(Poema composto em Campinas, em 11 de novembro de 1965).
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