Friday, September 13, 2013

Biografia em aberto

Pedro J. Bondaczuk

O saudoso intelectual carioca Mário Lago, que foi, entre outras coisas, poeta, compositor, ator, radialista e advogado, afirmou, em certa ocasião, em entrevista que concedeu, respondendo a uma pergunta feita por um de seus entrevistadores sobre seus planos futuros: “Sou homem do meu tempo. Minha biografia ainda está em aberto”. E estava mesmo. Depois desse encontro com jornalistas, ainda fez muita coisa de útil e produtiva. Morreu em 2002, com 91 anos, com uma vida rica, vitoriosa, marcante e exemplar. Sempre admirei esse sujeito, quer como intelectual, quer como homem.

Entre tantas coisas que Mário Lago legou à posteridade, está a letra de um dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira, em parceria com Ataulfo Alves: “Ai que saudades da Amélia”. E por que trago à baila essa figura maiúscula? Justamente por ter afirmado que sua biografia ainda estava em aberto, quando muitos acreditavam que já estivesse completa, faltando, somente, seu fecho: sua morte. E não estava encerrada mesmo. Comigo, guardadas as devidas proporções, ocorre algo parecido.

Tenho recebido inúmeras solicitações de leitores, que me acompanham em todos os espaços em que me faço presente na internet, querendo saber sobre a minha vida: quem sou, o que fiz, o que pretendo fazer e quais os resultados das minhas ações. Acho chatíssimo escrever a meu respeito, mas sou daquele tipo marrudo que não foge da raia. Nem sempre tenho a oportunidade de fazer apenas o que gosto. Chato ou não, correndo o risco de ser mal-interpretado (o que nunca gostei), não deixarei, todavia, meus leitores na mão. Nunca deixei e não seria agora que começaria a deixar. Portanto, satisfarei, na medida do possível, a curiosidade dos que querem saber mais a meu respeito.


Sou jornalista, radialista, redator publicitário, escritor e conferencista. Tenho formação jurídica, embora jamais tenha advogado, por uma questão de opção profissional. Nasci em Horizontina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, em 20 de janeiro de 1943, mas resido em Campinas desde 1964 e fiz dessa cidade minha terra de adoção (na verdade, foi ela que, generosamente, me adotou).


Sou casado, tenho quatro filhos (três moças e um rapaz) e dois netos. Iniciei a carreira, em comunicações, na Rádio Emissora ABC de Santo André em 1961, aos 19 anos de idade, tendo trabalhado em grandes emissoras de São Paulo e na Rádio Educadora de Campinas (atual Rádio Bandeirantes). Em jornal, fui editor de Política Internacional do Diário do Povo, de 1979 a 1982 e de 1983 a 1998 ocupei a mesma função no Correio Popular (onde, porém, tive outras responsabilidades) ambos de Campinas. Neste último jornal, por exemplo, atuei em todas as editorias, em vários períodos diferentes (óbvio), o que é raríssimo em jornalismo.

Publiquei cerca de oito mil artigos, setecentos ensaios e trezentas crônicas na imprensa de Campinas e de várias cidades do Interior do Estado de São Paulo. Na internet, o número de textos publicados já se aproxima dos quatro mil. Como se vê, meus números, no que se refere à produção, são todos exagerados (como, aliás, eu sou e sempre fui; moderação nãso é a minha praia). Atualmente, além de editar o Literário e o meu blog pessoal, “O Escrevinhador”, sou cronista do site Planeta News, de Miami, voltado à comunidade brasileira no Exterior, do site do Jornal Local de Campinas e do site “Debates Culturais”. E publico meus escritos em minha página pessoal do Facebook.

Em 1992, fui eleito membro da Academia Campinense de Letras, na cadeira de número 14. Em 1994, recebi o título de Cidadão Campineiro, por decreto legislativo da Câmara Municipal de Campinas, pelo trabalho prestado na divulgação da cidade e dos seus meios culturais. Em junho de 2003 recebi o Diploma de Mérito Jornalístico, outorgado, também, pela Câmara Municipal de Campinas. Em julho de 2006 recebi a Medalha Carlos Gomes, ainda da Câmara Municipal de Campinas, por minha contribuição, como poeta, às artes na cidade.

Tenho quatro livros publicados: "Quadros de Natal" (contos, em 1991), "Por uma Nova Utopia" (ensaios curtos, em 1997), lançado na "Décima-quinta Bienal Internacional do Livro de São Paulo", pela Editora “M”; “Lance fatal” (contos, 2010, Editora Baraúnas) e “Cronos e Narciso” (crônicas, 2010, Editora Baraúnas). Tenho outros 16 livros escritos, revisados e pré-editados, à espera de editora interessada em publicá-los (por enquanto, nenhuma se interessou), entre os quais, três de poesias: “O poeta de alma azul”, “Carrossel” e “Lições no Tempo”. Venci vários concursos de poesia, em Campinas e em várias partes do País como:

I Concurso de Poesias da extinta Academia Universitária de Letras e Artes e Centro de Estudos Tristão de Athayde da Faculdade de Filosofia, Ciências e Artes da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 28 de setembro de 1967, com o poema “Insônia”. I Concurso de Poesias do Centro Kennedy, de Campinas, em dezembro de 1974, com o poema “Dissimulação”. O Concurso Literário da Biblioteca Guilherme de Almeida, de Sousas (Campinas), em maio de 1981. E a participação no Prêmio Jorge de Lima do Instituto Nacional do Livro e do Ministério de Educação e Cultura em março de 1966.

Trabalhei, até janeiro de 2006, na Arte Brasil Publicidade de Campinas, onde fiz assessoria de imprensa. Trabalhei, de fevereiro de 2007 a março de 2012, na Informática dos Municípios Associados – IMA, onde participei da edição do Diário Oficial do Município de Campinas. Sou conferencista, tendo feito, desde 1986, mais de quinhentas palestras, conferências e aulas inaugurais em universidades, escolas secundárias e centros culturais. A mais recente foi feita em sessão solene da Câmara Municipal de Campinas, em 7 de junho de 2006, sobre “Liberdade de Imprensa”.


Meus dados biográficos são estes. Se mais não fiz, foi porque não tive oportunidades para tal, embora jamais tenha me faltado vontade. Quais meus planos para o futuro? Planejo jamais desperdiçar qualquer oportunidade que as circunstâncias me proporcionarem. Sonho com a publicação de um punhado de livros dos que já estão prontos. E, finalmente, pretendo escrever, escrever e escrever, enquanto tiver forças e, sobretudo, lucidez. Afinal, como ocorria com Mário Lago, “minha biografia ainda está em aberto”. Até quando? Até quando Deus quiser!!!

Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk



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